terça-feira, 30 de novembro de 2010

Morreu Fernando Pessoa


Grande Poeta de Portugal

Fernando Pessoa, o poeta extraordinário da Mensagem, poema de exaltação nacionalista, dos mais belos que se tem escrito, foi ontem a enterrar.
Surpreendeu-o a morte, num leito cristão do Hospital de S. Luiz, no sábado à noite.
A sua passagem pela vida foi um rastro de luz e de originalidade. Em 1915, com Luiz de Montalvor, Mário de Sá-Carneiro e Ronald de Carvalho — estes dois já mortos para a vida — lançou o Orpheu, que tão profunda influência exerceu no nosso meio literário, e a sua personalidade foi-se depois afirmando mais e mais. Do fundo da sua «tertúlia» a uma mesa do Martinho da Arcada, Fernando pessoa era sempre o mais novo de todos os novos que em volta dele se sentavam. Desconcertante, profundamente original e estruturalmente verdadeiro, a sua personalidade era vária como vário o rumo da sua vida. Ele não tinha uma actividade «una», uma actividade dirigida: tinha múltiplas actividades.
Na poesia não era só ele: Fernando Pessoa; ele era também Álvaro de Campos e Alberto Caeiro e Ricardo Reis. E era-os profundamente, como só ele sabia ser. E na poesia como na vida. E na vida como na arte.
Tudo nele era inesperado. Desde a sua vida, até aos seus poemas, até à sua morte. [...]

Reprodução da notícia da morte e enterro dada pelo Diário de Notícias
in Casa Fernando Pessoa, Biografia >  .

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A utilidade da Filosofia e outras coisas "inúteis"

O programa Câmara Clara da RTP 2 de domingo passado foi extraordinariamente interessante. Numa conversa muito agradável, Paula Moura Pinheiro debateu com Eduardo Marçal Grilo e com Joana Rigato (professora de Filosofia) a "utilidade da Filosofia e outras coisas inúteis". A influência da leitura na construção do conhecimento e na formação da personalidade também veio a propósito... 
Recomendamos a quem não viu. Podem fazê-lo através deste link


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A Filosofia foi à Biblioteca...

No ano de 2002, a UNESCO instituiu a celebração do Dia Mundial da Filosofia na terceira quinta-feira de Novembro de cada ano, com o desiderato de valorizar a importância do questionamento filosófico, da Filosofia, e como esta assume um papel fulcral no nosso dia-a-dia, na nossa vida. Este ano, o grupo de docentes da disciplina de Filosofia optou por desenvolver um projecto, com a colaboração dos seus respectivos alunos, focando e destacando três ilustres Filósofos: René Descartes, António Damásio e Antero de Quental.


Deste modo, no dia 18 de Novembro de 2010, as turmas B, D, E, F, H e J do 11º ano dirigiram-se à Biblioteca da Escola para comemorar o célebre Dia Mundial da Filosofia.


A sessão teve início às 15:30h com a entrevista efectuada, por uma rádio local, ao Professor Fernando Lago, onde foram abordadas questões como “Qual a importância da disciplina de Filosofia?”, “Qual o motivo que levou à escolha destes três autores?”, “Pensa que os alunos têm consciência do que é a disciplina?” e “Como se celebra, este ano, o Dia Mundial da Filosofia na Escola de Santa Maria Maior?”. Assim, a conferência anunciou-se de uma forma interessante e peculiar, uma vez que, para além da entrevista ao Professor Fernando Lago, foram também apresentadas na rádio as biografias dos autores supra-referidos, elaboradas e lidas pelos alunos do 11ºD. Esta turma compôs também panfletos acerca de René Descartes, António Damásio e Antero de Quental e compilou um artigo para o jornal “Aurora do Lima”.


De seguida, o Professor Fernando Lago proferiu um breve discurso de introdução à comemoração e deu-se a apresentação “António Damásio versus René Descartes” na qual os alunos do 11ºB evidenciaram e realçaram as diferentes ou antagónicas teorias e posições filosóficas dos distintos pensadores. Posteriormente, os alunos do 11ºH debruçaram-se sobre o sublime Antero de Quental salientando a sua vida e obra, o seu testemunho como poeta e político/socialista, e uma efémera análise das suas obras “Causas de Decadência dos Povos Peninsulares” e “Tendências Gerais da Filosofia do Século XIX”.
Concomitantemente, no exterior da Biblioteca foram expostas caricaturas de Filósofos produzidas pelos alunos de Artes do 11ºF, uma sucinta exposição dos pensamentos de vários Filósofos da autoria da turma 11ºE e uma fotobiografia organizada pelo 11ºJ.

Em suma, mais uma vez, as actividades propostas para a comemoração do Dia Mundial da Filosofia tiveram um resultado bastante positivo, deleitante e aprazível, não só pela favorável articulação dos trabalhos e do excelente desempenho das diferentes turmas, mas também pelo espírito de entreajuda e cooperação demonstrado pelos presentes: os alunos, os docentes e a Professora Bibliotecária, Cláudia Santos.

Raquel Pereira 11ºH

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terça-feira, 23 de novembro de 2010

18 de Novembro - Dia Internacional da Filosofia




Em 2002, a UNESCO instituiu a celebração do Dia Internacional da Filosofia na terceira quinta-feira do mês de Novembro de cada ano, ciente da importância que o questionamento filosófico assume para o diálogo entre os povos, onde cada um se deverá sentir livre de participar, segundo as suas convições, contribuindo para a progressiva tomada de consciência da nossa humanidade.

Na ESSMM o dia foi assinalado com a exposição de trabalhos escritos realizados pelos alunos, exibição de trabalhos multimédia e a apresentação oral de trabalhos e debate na biblioteca. Colocou-se em diálogo a obra de Descartes, de Antero de Quental e de António Damásio.



José e Pilar

Livraria Lello entre as mais belas do mundo

A Livraria Lello, do Porto foi considerada a terceira mais bela do mundo pelo «Lonely Planet´s Best in Travel 2011». Uma pesquisa rápida na internet permitiu-nos seleccionar as seguintes ligações para a ficar a conhecer um pouco melhor.


Livraria Lello entre as mais belas do mundo
“Com pouco mais de 100 anos, esta jóia do estilo «art nouveau», na segunda cidade de Portugal, continua a ser uma das lojas mais deslumbrantes do mundo - talvez de todos os géneros (de lojas)”. É desta forma que a Livraria Lello, do Porto, é apresentada no «Lonely Planet´s Best in Travel 2011». O guia turístico australiano elegeu as dez livrarias do mundo e a Lello ficou em terceiro lugar.


Ontem esteve nas bocas do mundo por ter ficado em terceiro lugar numa lista do "Lonely Planet", mas isso não alterou o dia do seu dono. Antero Braga fez-nos uma visita guiada à Lello.



O edifício, de carácter ecléctico, com fachada neogótica, foi concebido segundo projecto do engenheiro Xavier Esteves, destacando-se fortemente na paisagem urbana envolvente. […] A fachada apresenta um arco abatido de grandes dimensões, com entrada central e duas montras laterais. No segundo registo, três janelas rectangulares ladeadas por duas figuras pintadas por José Bielman, representando a Arte e a Ciência, respectivamente. […] No interior, os arcos em ogiva apoiam-se nos pilares em que o escultor Romão Júnior esculpiu os bustos de escritores como Antero de Quental, Eça de Queiroz, Camilo Castelo Branco, Teófilo Braga, Tomás Ribeiro e Guerra Junqueiro, sob baldaquinos rendilhados, de linguagem neogótica.


E também encontrámos o “Lonely Planet's Best in Travel 2011” à venda.

Na Lonely Planet e na Amazon, onde até nos deixam folhear o livro!

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DESAFIO
Em que página do guia da Lonely Planet é apresentada a Livraria Lello?
Responde nos comentários.
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terça-feira, 9 de novembro de 2010

O Grande Gatsby

Alguém disse que este livro era «um quase romance perfeito». Se o não é, é porque é feito de massa humana e é sabido por todos, que os Homens são apenas isso, humanos, e que a perfeição e a excelência não estão ao alcance de quem morre muitas vezes ao longo de uma só vida.
Esta obra dá-nos um retrato de uma América que se olha ao espelho depois da I Grande Guerra. Está-se nos anos vinte e tudo parece viver aos pares perante um espelho, só que uma parte do espelho parece reflectir o oposto da outra. Temos duas personagens principais, um homem (Gatsby) que adora uma mulher (Daisy), esta, por seu turno, ama mais o dinheiro do que o Amor, por isso casa com Tom Buchanan. Temos festas cheias de glamour que arrancam risos e temos dores íntimas, medos, inseguranças, desesperanças que arrancam lágrimas ácidas. Temos a riqueza e o luxo a chocarem com uma época que prenuncia a Depressão que se há-de abater por sobre todo esta luxo dourado. Temos a moral do Amor (Gatsby vai enriquecer para atrair Daisy) e a falta de moral geral porque este é um livro que explora essa terra de ninguém que são as épocas de crise, épocas em que os valores tendem a desaparecer para dar lugar a um intenso «vale tudo» em que a moral desiste e impera uma atroz indiferença.
Este é um livro de jazz, a música que toca rasga a meio quem lê o livro. Porque aqui tudo é feito de metades e hoje mesmo, em que se vivem dias difíceis e a crise está aí, também nos vemos ao espelho como se uma metade fosse o inverso da outra e, também nós, não sabemos que moral nos habita. Por isso, ontem e hoje, o jazz é de um glamour tão intenso e pungente que nem as lágrimas são capazes de traduzir o desamparo de existir partido dentro de um espelho.



Fátima Lopes
Projecto K.LEIO
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DESAFIO
Cria um título alternativo para esta obra. Deixa as tuas propostas nos comentários. Premiaremos a melhor.
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