terça-feira, 7 de dezembro de 2010

João Botelho em discurso directo


João Botelho, realizador do "Filme do Desassossego"
 O LIVRO DO DESASSOSSEGO, “composto” por um misterioso e modesto ajudante de guarda livros de nome Bernardo Soares, heterónimo de Fernando Pessoa, está traduzido em 37 idiomas e espalhado pelo mundo inteiro. É o livro mais lido e divulgado do poeta, essa labiríntica e inigualável aventura literária. .[...] “A minha pátria é a língua portuguesa.”. Esta frase do LIVRO DO DESASSOSSEGO que é “a nossa maior invenção desde as Descobertas”, levou-me a enfrentar um mar de textos transformado numa obra universalmente conhecida, armadilha de um génio, puzzle perfeito e genial porque todas as soluções são diferentes e nenhuma é definitiva. “É impossível filmar O LIVRO DO DESASSOSSEGO”, diziam-me todos. “Talvez”, disse eu, mas a partir de um texto que não tem tempo, não tem fim e não tem igual, foi-me possível criar um FILME DO DESASSOSSEGO que não pretende ser o livro (outra coisa é o cinema, que não arte literária); não em nome da experimentação ou da artística diletância, mas em nome do cinema que eu amo acima de tudo, e da língua, que é também a minha pátria.

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