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"Eu tinha nove anos e passei por uma lixeira próxima a um campinho de futebol. Vi um saco de brinquedos e um livro 'Dom Gaton', um reconto espanhol." Reconto? "Sim, a releitura de um conto. Hoje eu fico pensando porque não fui nos brinquedos e fui no livro. Esse livro estava lá para mudar a minha vida. Nessa noite, a luz acabou e começou a chover. Quando terminei de ler, parou de chover e voltou a luz. Foi como se eu fosse viajando naquele universo de encantamento e depois voltasse à realidade. Nunca tinha tido aquela sensação de liberdade, de magia. E depois que passei a ter contacto com os livros a minha imaginação deu um salto. Hoje, eu escrevo contos, roteiros, mas a minha obra é 'Ler é 10', sair de manhã com uma mala cheia de livros e num lugar como esse colocar um tapete e começar a contar histórias para as crianças".
Otávio soma as crianças que o projecto alcançou. "Até hoje foram mais de 10 mil, entre a Penha e o alemão" [...] "Temos o Casa-Biblioteca, em que vamos no barraco da pessoa, levamos livros, fazemos actividades, e a pessoa fica responsável por chamar as crianças. Temos o Biblioteca Móvel, em que montamos uma tenda com 400 livros na praça e chamamos as crianças." Este plural é um eufemismo. "Eu mesmo monto a tenda." >>
Excertos de uma reportagem de Alexandra Lucas Coelho,
no caderno ípsilon, do Público, de 14 de Janeiro de 2011
no caderno ípsilon, do Público, de 14 de Janeiro de 2011
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