quarta-feira, 29 de junho de 2011

Biblioteca de Charles Darwin disponível online

Uma parte da biblioteca científica de Charles Darwin encontra-se disponível online, numa parceria entre a Biblioteca da Universidade de Cambridge, o Darwin Manuscripts Project e a Biodiversity Heritage Library.


A colecção da biblioteca de Darwin é constituída por mais de 1400 títulos, 730 dos quais anotados pelo próprio Darwin, e que se encontram em processo de digitalização. 330 dos mais anotados podem já ser consultados online na Biodiversity Heritage Library.
Fonte: JISC

sexta-feira, 24 de junho de 2011

A Viagem do Elefante - rota cultural entre Lisboa e Castelo Rodrigo



Ao completar-se um ano sobre a morte do escritor José Saramago, a 18 de Junho de 2010, a Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo está a liderar o projecto de uma rota cultural. O itinerário tem por base os lugares descritos no livro «A Viagem do Elefante».
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Aos dez dias desta conversação, ainda o sol mal apontava no horizonte, salomão saía do cercado onde durante dois anos malvivera. A caravana era a que havia sido anunciada, o cornaca, que presidia, lá no alto, sentado nos ombros do animal, os dois homens para o ajudarem no que viesse a ser preciso, os outros que deveriam assegurar o abastecimento, o carro de bois com a dorna da água, que os acidentes do caminho constantemente faziam ir e vir de um lado a outro, e um gigantesco carregamento de fardos de forragem variada, o pelotão de cavalaria que responderia pela segurança da viagem e a chegada de todos a bom porto, e, por fim, algo de que o rei não se tinha lembrado, um carro da intendência das forças armadas puxado por duas mulas. A hora, tão matutina, e o segredo com que havia sido organizada a saída, explicavam a ausência de curiosos e outras testemunhas, havendo que ressalvar, no entanto, a presença de uma carruagem do paço que se pôs em movimento na direcção de lisboa quando o elefante e companhia desapareceram na primeira curva da estrada.
A Viagem do Elefante, José Saramago

sábado, 18 de junho de 2011

José Saramago, 1922-2010






As Intermitências da Morte
No dia seguinte ninguém morreu. O facto, por absolutamente contrário às normas da vida, causou nos espíritos uma perturbação enorme, efeito em todos os aspectos justificado, basta que nos lembremos de que não havia notícia nos quarenta volumes da história universal, nem ao menos um caso para amostra, de ter alguma vez ocorrido fenómeno semelhante, passar-se um dia completo, com todas as suas pródigas vinte e quatro horas, contadas entre diurnas e nocturnas, matutinas e vespertinas, sem que tivesse sucedido um falecimento por doença, uma queda mortal, um suicídio levado a bom fim, nada de nada, pela palavra nada. Nem sequer um daqueles acidentes de automóvel tão frequentes em ocasiões festivas, quando a alegre irresponsabilidade e o excesso de álcool se desafiam mutuamente nas estradas para decidir sobre quem vai conseguir chegar à morte em primeiro lugar. A passagem do ano não tinha deixado atrás de si o habitual e calamitoso regueiro de óbitos, como se a velha átropos da dentuça arreganhada tivesse resolvido embainhar a tesoura por um dia. Sangue, porém, houve-o, e não pouco. Desvairados, confusos, aflitos, dominando a custo as náuseas, os bombeiros extraíam da amálgama dos destroços míseros corpos humanos que, de acordo com a lógica matemática das colisões, deveriam estar mortos e bem mortos, mas que, apesar da gravidade dos ferimentos e dos traumatismos sofridos, se mantinham vivos e assim eram transportados aos hospitais, ao som das dilacerantes sereias das ambulâncias. Nenhuma dessas pessoas morreria no caminho e todas iriam desmentir os mais pessimistas prognósticos médicos, Esse pobre diabo não tem remédio possível, nem valia a pena perder tempo a operá-lo, dizia o cirurgião à enfermeira enquanto esta lhe ajustava a máscara à cara. Realmente, talvez não houvesse salvação para o coitado no dia anterior, mas o que estava claro é que a vítima se recusava a morrer neste. E o que acontecia aqui, acontecia em todo o país. Até à meia-noite em ponto do último dia do ano ainda houve gente que aceitou morrer no mais fiel acatamento às regras, quer as que se reportavam ao fundo da questão, isto é, acabar-se a vida, quer as que atinham às múltiplas modalidades de que ele, o referido fundo da questão, com maior ou menor pompa e solenidade, usa revestir-se quando chega o momento fatal. Um caso sobre todos interessante, obviamente por se tratar de quem se tratava, foi o da idosíssima e veneranda rainha-mãe.


Para ouvir

Excertos da obra Intermitências da Morte, de José Saramago, ditos por Luís Gaspar.


quinta-feira, 9 de junho de 2011

Aluno da MAIOR recebe prémio Couto Viana

Decorreu ontem, na sala Couto Viana da Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, a cerimónia de entrega de prémios do concurso “Prémio Escolar António Manuel Couto Viana”.

O aluno André Cunha, do 11º G, foi o vencedor da categoria Melhor Ilustração, pela ilustração do poema “No circo dos meninos infelizes”.


Na cerimónia estiveram também presentes os alunos Tiago Cunha, do 11º B, e José Hugo Cruchinho, do 11º I, que participaram nas modalidades de conto e poesia, respectivamente. A todos os alunos participantes foi oferecido um exemplar do livro “Tens visto o Antão? Contos Pícaros e outros não” de Couto Viana.

O prémio António Manuel Couto Viana foi criado pela Câmara Municipal de Viana do Castelo com o objectivo de dar a conhecer a obra literária do autor e de premiar produções literárias e artísticas da população estudantil da comunidade escolar vianense, sob as modalidades de poesia, conto, ensaio e ilustração.

Terminada a entrega de prémios, foi inaugurada uma exposição de homenagem ao escritor.



Outras ilustrações a concurso na fase escolar.





sexta-feira, 3 de junho de 2011

PORDATA distinguida pela ONU

A Pordata, uma base de dados que agrega estatísticas detalhadas sobre Portugal, foi considerada um dos cinco melhores projectos na categoria de e-Ciência e Tecnologia nos World Summit Awards, um galardão que integra a agenda das Nações Unidas para as tecnologias de informação.


Clique para ler notícia (Jornal Público de 01-06-2011)
Para aceder à Pordata >>

quarta-feira, 1 de junho de 2011

As Leituras dos nossos Pais - álbum de fotos

No dia 27 de Maio, realizou-se na biblioteca da nossa escola a tertúlia "As Leituras dos nossos Pais", um momento de partilha inter-geracional de leituras, no âmbito da disciplina de Psicologia B. A tertúlia foi dinamizada pelas turmas 12º A e C e pelos respectivos pais e encarregados de educação. Destaca-se a expressiva participação de pais, professores e alunos, na partilha do prazer de ler e das emoções que os livros nos trazem.

Clique para ver o álbum de fotografias (com som).

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