terça-feira, 2 de abril de 2013

Memorial do Convento - Capas

 Memorial Do Convento - Capas


As capas de uma obra literária são um importante apelo à leitura da mesma. Deixa aqui o teu comentário sobre a capa que te parece mais adequada ao conteúdo do "Memorial do Convento", de José Saramago.

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24 comentários:

  1. “Memorial do Convento” é um romance conhecido internacionalmente. Escolhi a capa da obra em russo, pois, foi a que me chamou mais a atenção, não só pelas suas cores mas também pela simbologia dos objetos aí identificados.

    Irei, portanto, iniciar a minha reflexão com as cores. A cor azul é símbolo da água, tal como Blimunda consegue ver por dentro das pessoas, a água também deixa passar essa transparência. O amarelo é uma cor forte, forte como Blimunda, que assiste à condenação da sua mãe sem chorar, e que mata o frade que a tenta violar. O amarelo simboliza também o fogo, pois, Baltasar acaba queimado, na fogueira do auto-de-fé. O contraste branco da capa é símbolo de pureza como a relação entre Blimunda e Baltasar que é pura e verdadeira.

    Quanto aos objetos, salienta-se o sol, símbolo da vida e da força, correspondendo à alcunha hereditária de Baltasar, Sete-Sóis e a Lua correspondendo à alcunha de Blimunda, dada pelo padre Bartolomeu: Sete-Luas. Podemos observar que a lua e o sol estão unidos, pois, completam-se um ao outro como se completa o casal, Blimunda e Baltasar, que formam um único ser. Não há vida sem lua e sem sol, o dia tem de ter “luz” e “sombra”. O sol é o complemento da lua que, por sua vez, reflete a luz do sol.

    Penso que também existe uma complementaridade, pois, Baltasar (Sete-Sóis) só consegue ver à luz, ou seja, o que é visível, ao contrário de Blimunda, Sete-luas, que consegue ver por dentro devido aos seus dons.

    Dylan 12 A

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  2. Memorial do Convento- Capas

    A capa do Memorial do Convento que eu considero mais adequada é a número um, pois apresenta os dois temas que são descritos neste romance, isto é, a construção do Convento de Mafra e a história de amor de Baltasar e Blimunda (“Sete-Sóis” e “Sete-Luas”).
    Em regra, num romance histórico exaltam-se os feitos das personagens da realeza. Pelo contrário, Saramago prefere destacar o povo, a sua difícil vida e as condições desumanas de trabalho, “Nestas grandes barracas de madeira dormem os homens, não comporta cada uma menos de duzentos”, optando pela caricatura e ridicularização da realeza.
    Nesta capa, como fundo, observa-se o crepúsculo, a transição do dia para o escuro da noite. A luz representa Baltasar “Sete-Sóis”, sete porque é o número da totalidade, sete dias levou Deus a criar o mundo. O Sol é o símbolo da vida. Baltasar sobressai, então, entre a sua classe, a do povo oprimido. Blimunda possui o dom de ver o interior das pessoas e das coisas, em jejum. No decorrer do romance, Padre Bartolomeu batiza-a de “Sete-Luas”: “Tu és Sete-Sóis porque vês tudo às claras, tu serás Sete-Luas porque vês tudo às escuras”. Blimunda simbolicamente representa o escuro da noite. O sol e a lua complementam-se. Juntos simbolizam o amor verdadeiro e eterno. Num outro plano, destaca-se o convento de Mafra, símbolo da promessa de D. João V, da sua megalomania e excentricidade, mas também do sacrifício e da exploração do povo durante a sua construção.
    Em conclusão, esta simples capa simboliza os dois mundos tão maravilhosamente explorados por José Saramago, o amor de Baltasar e Blimunda e o trabalho do povo para cumprir a promessa do rei.

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  3. Hugo Guia Nº7 12ºC3 de abril de 2013 às 15:26

    Foi complicado escolher uma capa que melhor descrevesse o Memorial do Convento.
    Na verdade, não fazia ideia da grande quantidade de idiomas para os quais a obra foi traduzida. Por todo o mundo, as capas eram diferentes com ideias e representações distintas acerca da obra, umas dando maior destaque ao romance amoroso entre Baltasar e Blimunda, outras à construção do convento, outras à passarola, etc.
    Optei por escolher a capa da edição norueguesa da obra (“KlosterKrønike” Crónica do Convento) pela simplicidade e paz interior que transmite, realçando a importância que a passarola assume neste romance em contraste com o convento de Mafra. A combinação de diferentes tons de azul transmite a sensação de pureza e a representação da passarola dá destaque à audácia e ambição dos portugueses por quererem sempre mais e melhor, tentando romper com os cânones e receios da sociedade retrógrada. Costuma-se dizer que a necessidade é a mãe da invenção. Neste caso, a tentativa de inovação justificou a criação do engenho voador.
    Os Noruegueses conseguiram, portanto, extrair perfeitamente o espírito arrojado dos portugueses concedendo mais relevância ao seu espírito inovador do que à força humana que construiu o convento.

    Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos.
    José Saramago


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  4. Memorial do Convento é das obras mais conhecidas e apreciadas de José Saramago. A história do romance entre Blimunda e Baltasar e a sátira à sociedade daquela época desenrolam-se durante o século XVIII, época em que D.João V mandou construir um convento em Mafra.
    Publicada em vários países, são diversas as capas e títulos das diferentes edições desta obra. A capa de que mais gosto é a vigésima terceira, edição publicada em Inglaterra e nos Estados Unidos. Julgo que esta capa apresenta os elementos fundamentais da obra: o nome do autor está bem vísivel e é muito realçado devido ao contraste entre o fundo e as letras; a utilização do título “Baltasar e Blimunda” evidencia a bonita história de amor entre estas duas personagens; junto ao título vemos também a “passarola” que Baltasar e Blimunda ajudaram o Padre Bartlomeu a construir e a admiração das pessoas que se encontram no chão ao olharem para o céu e verem tal coisa, pessoas essas que parecem estar numa capela ou num convento, sendo por isso de esperar que se trate do Convento de Mafra.
    Em suma, por evidenciar todos esses elementos, é a capa que me parece mais completa, sendo capaz de cativar o leitor deixando ao mesmo tempo um toque de mistério no ar.

    Gonçalo Ferreira nº10 12ºA

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  5. José Saramago escreveu bastantes livros. Mas o “Memorial do Convento” foi um dos mais importantes e podemos verificar porque este livro está espalhado mundialmente, com diversas edições em todos os países que o adotaram.
    A obra insere-se no início do séc.XVIII, durante o reinado de D.João V, da Inquisição e refere a grande importação de ouro que vinha do Brasil que foi para a construção do Convento de Mafra.
    Das diversas capas apresentadas, a que escolhi foi de um dos livros da Croácia.
    Foi a que me chamou mais atenção, porque é das únicas capas em que se encontra José Saramago, o próprio autor do livro. Outra razão consiste no facto dessa capa apresentar a imagem de um relógio em que podemos identificar várias situações que se passaram ao longo da história do “Memorial do Convento” como, por exemplo, a construção da passarola e a construção do Convento de Mafra, entre outras. Também, o sino representa uma das partes do Convento de Mafra.
    Dado o exposto, por todos estes aspetos que apresentei, penso que esta é das melhores capas que se enquadra com a obra e o autor José Saramago.


    Sara Nogueira 12ªJ

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  6. Catarina Cruz 12ºH3 de abril de 2013 às 21:53

    Após dar uma "olhadela"por todas as capas que a obra "Memorial do Convento" adquiriu com o passar dos anos e com as várias traduções, dei por mim a abrir os olhos e fiquei incrédula!
    Fui reparando que cada ilustrador captou uma fase diferente da história: o autor, o início, a construção do convento, o rei, a passarola, a religião, a sociedade da época e, como não podia deixar de ser, o romance das duas personagens principais da história, Blimunda e Baltasar.
    Uma das inúmeras capas que me deixou encantada, mal a vi, na minha memória, passaram vários slides de imagens que fui criando à medida que fui lendo a obra. A eleita foi a primeira da Rússia, slide número 49, onde podemos ver a junção magnífica do Sol e da Lua, Baltasar e Blimunda, respetivamente, tal como a história retrata. Tal como o Padre Bartolomeu Lourenço dizia: Baltasar vê às claras, por isso é o Sol; Blimunda vê às escuras, por isso é a Lua. É por este motivo que estes dois seres humanos se complementam tão bem e se apaixonam, Baltasar pelo mistério de Blimunda e esta pela experiência de vida dele, e vivem uma bonita e inexplicável história de amor.
    Apesar de a capa apenas representar uma das histórias que constam na obra, apresenta a mais cativante e incrível, que prende o leitor ao livro do início ao fim.

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  7. Com o pretexto de escrever um livro sobre a história da construção de um convento em Mafra no século XVIII, Saramago inventou uma outra história, na qual entram personagens absolutamente inesquecíveis. Uma história inventada com tanta competência que, depois de lida, passa a ser real, fazendo parte da longa e sofrida experiência humana.
    Esta obra tem então diversas capas e edições e para mim a que melhor representa todo o seu conteúdo é sem dúvida a capa do slide 3, editada em Portugal e no Brasil.
    Isto porque, através de uma simples paisagem de final de tarde, da imagem do Convento de Mafra, e ainda de um manuscrito na lado direito da capa, a base da obra é nos apresentada e a nossa curiosidade desperta de imediato, devido às cores utilizadas, à ligação que poderá haver entre os diversos elementos constituintes da capa e, claro, ao mistério e magia que envolve toda esta história.
    Vendo agora ao pormenor cada elemento entendemos assim que, relativamente à paisagem de final de tarde, esta pretende mostrar nos o tal mistério e magia inerente à historia, salientado-se então um lado sombrio e escuro, que poderá corresponder à podridão e fragilidade da sociedade na altura, mas também um lado luminoso e chamativo, podendo este estar relacionado com o amor de Baltasar e Blimunda e com a esperança existente em algumas das personagens.
    De seguida a ilustração do Convento de Mafra que no fundo foi a base desta grande obra, ou seja, foi baseado na construção deste convento que José Saramago iniciou esta história.
    E por fim o manuscrito, posicionado sob o lado escuro e o lado luminoso da paisagem que nos remete para o aspeto histórico e romântico da narrativa.
    Para terminar é ainda relevante o facto da capa estar relacionada com uma citação caraterística desta obra, é ela: “Era uma vez um Rei que fez promessa de levantar um convento em Mafra. Era uma vez a gente que construiu esse convento. Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes. Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido. Era uma vez. “
    Telma Silva Nº 11 12ºH

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  8. Capa Da Rússia (slide 50)

    Após observar repetidas vezes todas as capas (que nunca imaginei que fossem tantas e com inspirações tão vastas dentro da história da obra), a que mais me suscitou interesse foi a capa russa (apresentada no slide 50) uma vez que expõe o sol e a lua que correspondem às duas personagens mais marcantes da obra, a meu ver, Baltasar “Sete-Sóis” e Blimunda “Sete-Luas”.
    Para além da relação com os apelidos destas duas figuras centrais da ação, há toda uma relação simbólica entre o sol (que é símbolo da vida) com o povo que trabalha de forma incessante, representado por Baltasar na história, mesmo amputado; por outro lado, contrariamente ao sol, a lua não tem luz própria estando dependente do sol para se iluminar, tal como Blimunda depende de Baltasar. A lua pode ainda ser vista como símbolo de periodicidade e renovação através das várias fases que atravessa.
    Outro aspeto que me despertou interesse foi o fundo branco que pode ser essa luz, a esperança que através dos poderes de Blimunda se consiga expor os “podres” da sociedade da época (não muito diferentes dos de hoje em dia); também a transparência que existia entre o casal, a pureza da sua relação.
    Portanto, a meu ver, esta é a capa mais icónica e representativa da obra e estes foram os motivos pelos quais a selecionei como sendo a minha preferida entre tantas existentes.





    Mécia 12ºH

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  9. “Memorial do Convento” é das obras mais emblemáticas, ricas internacionalmente. A sua acção passa-se no século XVIII, durante o reinado de D. João V e das temidas perseguições do Santo Ofício, envolvendo a promessa do rei construir um Convento em Mafra no caso de ter sucessão ao trono. De todas as capas apresentadas a que mais me cativou foi a 1ªedição publicada na Inglaterra e EUA, pois capta, sem dúvida o amor verdadeiro de Baltasar e Blimunda e a concretização de um sonho: a construção da passarola.
    Como podemos ver na parte superior da capa, destaca-se a mulher, representativa da simbologia do amor em toda a obra. Blimunda, mulher forte, decidida, ama Baltasar incondicionalmente e D. Maria Ana Josefa, mulher religiosa, submissa, tenta amar o seu rei, mas sabe que tem um único objetivo: dar filhos à corte portuguesa. Ambas tornam a história mais enriquecedora. Já na parte inferior da capa temos a imagem da passarola representada pela cor acastanhada, que evidencia o sonho do Padre Bartolomeu pelo núcleo mágico e espiritual que, no entanto, seria uma porta para novas descobertas científicas. Este acontecimento provou a sua inteligência, bravura e conhecimento científico.
    Concluindo, esta edição retrata bem a essência da narrativa pelo aspeto romântico, pois o aparecimento da mulher na capa dá um certo ênfase à história e também pelo aspeto histórico, porque o romance entre Blimunda e Baltasar e a construção da passarola são dois dos fios condutores da construção do Convento de Mafra.

    Vanessa Gola Nº13 12ºH

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  10. 1ª e única edição da Rússia

    A obra “Memorial do Convento” é um romance histórico do século XVIII, que se prolonga no reinado de D. João V, e que incide sobre o período de construção do Convento de Mafra. Publicado em 1982, a ação baseia-se na história da família real e da promessa de um sucessor ao trono, interligando-se com o romance fictício de Baltasar e Blimunda.
    Ao mesmo tempo, Saramago não deixa de destacar elementos importantes, ao longo da história, como a “guerra” entre pobres e ricos, as manifestações da Velha Inquisição e os comportamentos de um povo português atrasado e ignorante. Perante todas as capas publicadas em todo o Mundo, que são magníficas, escolhi como minha preferida a 1ª e única edição da Rússia, designada por “Memórias de um convento”.
    Esta edição não deixa de se referir à construção do Convento, mas dá um importante realce ao romance entre Baltasar e Blimunda através da simbologia. Acho os símbolos fascinantes e permitem dar mais ênfase à própria história. Assim, no fundo branco da capa, apresenta-se a união do sol e da lua, que são dois símbolos importantes pois, o sol representa a força e a própria vida e a lua simboliza o ritmo da terra.
    Desta forma, Baltasar representa o sol, sendo designado por Sete-Sóis, correspondendo a sete vidas e que sustenta o nome de família, Blimunda representa a lua, sendo designada por Sete-Luas, pois a lua é essencial ao ciclo da vida e por isso só vê no escuro, uma vez que tem dons sobrenaturais.
    Concluo que esta capa é perfeita pois os dois símbolos permitem mostrar o grande amor que os unia, sem deixar de mencionar o resto da história, indicada no título.

    Patrícia Gola Nº9 12ºH

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  11. Capa escolhida: nº 8 , Coleção Novis
    Nunca pensei que, para uma mesma obra, pudessem existir tantos “rostos”, tantas maneiras de expressar uma mesma ideia. Assim sendo, apesar de ter dificultado a minha tarefa, consegui escolher uma capa que, na minha opinião, transmitia de uma forma visual a verdadeira essência da obra.
    A capa então escolhida, foi a que me apelava mais à leitura, pois apesar desta obra ter um grande prestígio e de, em Portugal, ser reconhecida em todo lado, noutros sítios pode não ser, de maneira que a capa é o chamativo para esta maravilhosa obra.
    Na capa que escolhi conseguimos observar os principais aspetos desta obra: a construção do convento e da passarola, e ainda o romance entre Blimunda e Baltasar. A imagem do convento que é apresentada demonstra a grandiosidade e a luxúria característica desta época por parte do reino. Temos ainda uma pequena passarola, em tom mais esbatido que se direciona como se fosse uma abertura para o livro. Por fim, conferindo um aspeto místico o olhar de Blimunda e Baltasar, que provocam ao leitor uma curiosidade enorme, nesse olhar e no segredo que estes possam conter.
    Deste modo, devido às várias características desta capa, aos tons esbatidos e à informação que nos fornece, penso que esta será a melhor capa para representar uma obra de tão elevado prestígio como o “Memorial do Convento”.

    Rosa Margarida, nº23, 12º C

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  12. De entre as várias capas apresentadas que foram editadas em inúmeros países, a que mais gostei foi a terceira capa da Espanha/Argentina (slide 13).
    A capa apresenta, de uma forma simples, os elementos essenciais para a identificação da obra. Em contraste ao fundo branco, temos destacado o nome do autor, José Saramago, assim como o nome da obra “Memorial do Convento” a preto. No fundo da capa, há um destaque para o prémio Nobel da Literatura ganho pelo autor em 1998 que torna o livro mais apelativo. Sendo um dos focos principais desta história a passarola, esta encontra-se aqui representada como um pássaro. Por cima desta, está um homem de pé, que podemos identificar como seja Baltasar Mateus, devido aos sete sóis que se apresentam, um a cobrir-lhe o rosto e os restantes seis no seu traje, já que a Baltasar Mateus lhe era atribuída a alcunha de Sete-Sóis. Também podemos associar o sol presente no seu rosto com o sol que atrai o âmbar, fazendo a máquina voar pois, tal como o sol, também Baltasar teve um papel fundamental na construção da passarola.
    Em suma, penso que esta capa está muito bem conseguida porque, por detrás da sua aparente simplicidade, demonstra ter um enorme significado.

    Carolina Cruz, 12ºJ, nº6

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  13. Admito, primeiramente, que estou surpreso com a imensa quantidade de capas e traduções que existem deste livro de Saramago. Na verdade, penso que o Prémio Nobel da Literatura foi, sem dúvida, muito bem entregue, no ano de 1998, visto que a obra é deveras esplêndida.
    Quanto ao objetivo principal deste texto, penso que a melhor capa, de todas as presentes, é a 7ª (slide9). Esta, de cima para baixo, representa o nome e a figura de José Saramago; depois, o título da obra – Memorial do Convento -, seguido por uma imagem elucidativa. A imagem representa o convento de Mafra, provavelmente já finalizado, edifício este construído por iniciativa do rei D. João V que, em 1717, prometeu levantar um convento franciscano, caso a rainha Maria Ana lhe desse descendência no prazo de um ano. Acima do convento, voa a passarola, um projeto pensado pelo padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão, que foi terminado alguns anos depois, com a ajuda dos seus amigos Baltazar Mateus e Blimunda de Jesus, e terá voado de verdade, cumprindo o seu propósito.
    Na minha opinião, o ponto alto da capa está na representação da passarola mesmo em frente ao sol, que seria uma fantasia do padre, este que na história criou o primeiro engenho voador existente, após vários anos de trabalho, exaltando o misticismo daquela máquina, simbólica da ambição daqueles 3 amigos, personagens principais desta bela obra de Saramago.

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  14. Edição de Editorial Caminho, SARL Lisboa.
    Impresso no mês de Maio de 1984 para o Círculo de Leitores Lda, segunda edição.

    Esta capa divide-se em três partes. As duas primeiras têm o mesmo tamanho e configuração retangular e a terceira ocupa três vezes mais o espaço de cada uma das anteriores, com forma quadrangular.
    Na primeira, destaca-se o nome do autor em letras brancas sobre fundo preto, à esquerda, e a sua fotografia, à direita.
    Na segunda, em fundo branco, surge o título da obra, em letras maiúsculas, impressas a vermelho.
    Na terceira parte, pintada a vermelho, em cima, à esquerda, dentro de um círculo amarelo, vê-se a passarola com a bandeira portuguesa da época de D. João V. Dentro, nota-se o padre Bartolomeu, sonhador, rodeado por globos e uma esfera, podendo representar o sonho comum à Humanidade. Em baixo, vê-se o Convento de Mafra, ocupando toda a largura da capa, mostrando o tamanho megalómano da obra mandada construir por D. João V, como promessa pelo nascimento da Infanta.
    A cor vermelha representa o sangue, o esforço dos trabalhadores na construção do Convento.
    O círculo amarelo representa o sol, perto do qual Baltasar dizia ter estado aquando do voo da passarola.
    A passarola, por cima do convento, simboliza a capacidade libertadora, baseada na vontade dos homens recolhida por Blimunda.
    Concluindo, esta capa atraiu-me pela sua simbologia e beleza, contendo, na minha opinião todos os requisitos fundamentais para ser uma excelente capa.



    Miguel Chaves Parente Nº 16

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  15. Foi de certo modo um pouco difícil de escolher a melhor capa de todas as que foram apresentadas, visto que há várias que se destacam de maneiras distintas, umas pela qualidade, outras pela sua relação com a obra em si, contudo, na minha opinião, a capa espanhola (slide 12) é a melhor que já foi imitada para o livro “Memorial do Convento” pois é a que consegue conjugar melhor todos os cenários do livro.
    Para começar, as cores e a mistura das mesmas assemelha-se bastante aos quadros de um dos meus pintores favoritos, Claude Monet, sendo então uma escolha em parte pessoal.
    Por outro lado, numa só imagem, conseguiram captar alguns dos objetos e cenários à volta do qual se centra a narrativa: Mafra, o balão que se supõe que seja o que o Padre Bartolomeu utilizou, mencionando também a questão do “voar” que acabou por ser determinante para a história e, de forma indireta, a causa das tragédias (o trabalho na passarola levou Bartolomeu à loucura e acabou por causar a morte de Baltasar).
    Há, sem dúvida, mais capas dignas de realce e atenção e foi uma escolha bastante custosa, mas esta, na minha opinião foi a mais adequada.

    Francisca Painhas 12ºC

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  16. No final da leitura do Memorial do Convento, houve um sentimento que ficou: o da ascensão. Ascensão em todos os sentidos, divina, hierárquica, sentimental, literal, metafísica… Daí, quando eu estive a ponderar qual das capas escolher, procurei uma que tivesse o céu e a passarola. A capa número 33 foi a minha escolha.
    A passarola foi o que mais me atraiu a esta capa. Sendo o foco principal desta estar representada como um pássaro, com asas, cabeça e cauda animais, e um dorso mecânico, onde aparenta estar um homem. A seu lado, tem uma figura masculina e outra feminina.
    Primeiramente, temos a simbologia da passarola como objeto da obra. Representa a liberdade, a harmonia entre o pensar/sonhar e o realizar/alcançar e a ascensão aos céus, que pode significar a “iluminação” da mente humana ou a concretização dos sonhos do povo português, através do uso alegórico das “vontades”, que não têm a forma de nuvem por acaso, pois as nuvens encontram-se no céu.
    Por outro lado, as três figuras humanas da capa, um vulto no interior da passarola, um homem e uma mulher podem sugerir que são, respetivamente, Padre Bartolomeu, possuidor do conhecimento, na figura de pai, Baltasar, representando o esforço humano, como o filho sacrificado e Blimunda, que representa o espírito santo através da sua capacidade sobrenatural de ver outros por dentro, formando uma Santa Trindade.
    Concluindo, esta capa indicia que todos os sonhos da humanidade são alcançáveis, bastando para isso partir para o trabalho, através de muito sacrifício e “vontade(s)”.

    Pedro Diogo Amorim, nº 17, 12ºC

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  17. O livro “Memorial do Convento” foi escrito em várias línguas e publicado em vários países. Ao longo dos anos, foi alvo de várias edições, originando modificações na capa original da obra.
    A capa que, na minha opinião, se adequa mais à obra é a da página oito, uma vez que o próprio título sugere memórias da construção do convento de Mafra. A cor de laranja, como cor do céu, dá um ar de cansaço mas, ao mesmo tempo, de dor, por parte dos que trabalharam e uniram as mãos para que a promessa do rei D. João V se concretizasse. A cor do convento, aqui presente, transmite a impressão de poder e austeridade. Por sua vez, o símbolo da lua dá a entender que, naquele convento, trabalharam-se horas e horas, de dia e de noite.
    Consequentemente, penso que esta capa seria a ideal porque transmite bem a mensagem da obra.

    Sara Silva 12 C

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  18. Eu escolhi a capa do slide 12, pois acho que a imagem da capa retrata muito bem o conteúdo do livro e foca a “Passarola” que é importante para o desenrolar da história e para o desfecho de Baltasar Sete-Sóis.
    Começando por analisar a capa, como eu já tinha referido, podemos observar a “Passarola” a sobrevoar cavaleiros e trabalhadores (os cavaleiros representam Lisboa e os trabalhadores Mafra), dando-nos uma ideia de liberdade e de horizonte pois existe uma grande claridade na capa para além das nuvens escuras.
    A “Passarola” nesta capa está representada quase como um anjo pois, destaca-se estando bem alta no céu e como na época voar era algo impossível para o homem. O povo no livro confunde-a com algo divino, acabando Baltasar condenado á fogueira por ter voado nela, algo impensável naqueles tempos.
    Concluindo, talvez existissem melhores capas para representar o “Memorial do Convento”, mas na minha opinião, esta representa muito bem a mensagem da obra.

    Pedro Mimoso Silva 12ºC

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  19. A capa que escolhi foi a da visão, porque considero ser a mais adequada da obra “Memorial do Convento”.
    Primeiramente e em relação aos elementos cromáticos, as cores usadas são, principalmente, castanho-escuro e as variadas tonalidades entre o branco e o amarelo escuro. A primeira está relacionada com a repressão emocional, o medo ao mundo exterior e o cansaço exaustivo por parte dos cidadãos e, por sua vez, a segunda representa a harmonia e a perfeição da relação amorosa dos protagonistas.
    Relativamente aos elementos constituintes da capa, são todos eles fundamentais para cativar o interesse dos leitores. Na parte superior, está o nome do escritor da obra, José Saramago, seguido do título da mesma, "Memorial do Convento". Seguidamente encontra-se um conjunto de imagens que nos dá uma noção completa do conteúdo da obra: duas imagens ilustrativas do convento de Mafra, sendo a sua construção uma das linhas condutoras da acção que entrelaça o desejo megalómano do rei com a miséria do povo; o rosto incompleto de uma mulher e de um homem que representam, respectivamente, a Blimunda e o Baltasar e a cumplicidade entre ambos; um objecto voador que representa a “passarola”, mostrando a vertente espiritual, mística e mágica da obra.
    Por estas razões apresentadas considero que esta capa é o melhor reflexo da obra.

    Mariana Silva, 12ºC

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  20. Devo dizer que fiquei impressionado com o grande número de capas criadas para cobrir o rosto da grande obra de José Saramago, Memorial do Convento. É assim que é conhecida em Portugal. Mas é igualmente impressionante a quantidade de títulos alternativos usados em todo o mundo.
    O livro foi um grande sucesso e um monumento na literatura Portuguesa.
    Então, que ilustração consegue fazer justiça ao conteúdo?
    Na minha sincera opinião, nenhuma. Nenhuma conseguirá ultrapassar a grandeza das palavras, usadas como tijolos para construir este convento. Mas como é minha função escolher uma, então opto pela edição da China (slide 51).
    Após muitas vistas e voltas, cheguei à conclusão que o ponto forte desta capa é a simplicidade. Do vasto número de opções, sinto que aquelas que menos mostram, mais completam. Valorizo o facto de não conter ilustrações de nenhuma personagem nem da passarola. Assim, podemos ser nós a imaginar, sem ter uma imagem já criada por outra mente. Por outro lado, a capa possuí uma imagem do Convento de Mafra. Isto ajuda o leitor a ter uma ideia da complexidade desta estrutura, sendo um edifício real.
    Uma capa tem como função embelezar e, nunca, deve tentar ultrapassar o material de origem.

    Alfredo 12 C

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  21. “Memorial do Convento” é um romance de José Saramago, conhecido internacionalmente. Sendo assim, não é de admirar a vasta diversidade das capas existentes que tentam descrever o conteúdo desta obra.
    De todas as capas apresentadas, a que mais gostei foi aquela cuja edição foi publicada na Rússia. O fundo branco faz sobressair a imagem do Sol e da Lua conjugados e, principalmente, o nome do autor, o que demonstra o grande renome do escritor português.
    Esta obra conta-nos duas histórias que a dado momento se cruzam. A primeira leva-nos ao tempo da construção do Convento de Mafra e, a segunda, à história de amor entre Blimunda e Baltasar.
    Recorrendo à simbologia, verificamos que esta capa dá maior relevância à segunda história, uma vez que a conjugação do Sol e da Lua, que representam respetivamente Baltasar e Blimunda, remete para a sua história de amor. Essa conjugação simboliza a união como um todo, porque são o verso e o reverso da mesma realidade, o dia e a noite, assim como a união do princípio masculino e feminino: “dormiram nessa noite os sóis e as luas abraçados enquanto as estrelas giravam devagar no céu”.

    Cecília 12º A

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  22. Entre todas as capas apresentadas da obra “Memorial do Convento” de José Saramago, aquela que me chamou mais a atenção, e portanto, aquela que decidi selecionar foi a do Slide 10.
    A razão pela qual escolhi esta capa prende-se essencialmente com a imagem, uma vez que engloba os elementos mais importantes presentes na obra: Blimunda Sete-Luas, Baltasar Mateus Sete-Sóis e o Padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão como personagens principais, e a passarola e o Convento de Mafra como objetos e elementos inanimados importantes na história. A forma como Blimunda está retratada na imagem, o realce que se dá ao seu olhar, também justifica o motivo pelo qual escolhi esta capa.

    Inês Garcia nº12 12ºJ

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  23. A capa com que um livro se apresenta ao público deve ser dos elementos mais importantes a considerar quando se prepara a edição de uma obra, isto porque a capa é o “mediador” do primeiro encontro entre o livro e o leitor.
    Assim sendo, acho bastante curioso o facto de para o mesmo enredo, as mesmas personagens e os mesmos espaços terem sido criadas tantas e tão diferentes capas para este marco da literatura portuguesa que é o “Memorial do Convento”. Não foi uma tarefa fácil selecionar apenas uma capa, mas uma das que mais me chamou a atenção foi a 37º capa apresentada no trabalho, da edição Russa, com o título “Memórias de um Convento”.
    Será uma capa particularmente interessante por ser simples e não ter à primeira vista, nada a ver com o título da obra. Como único elemento iconográfico está presente uma conjugação do sol e da lua, que se encontram ligados, parecendo que são um elemento uno e único.
    Entendo que este é o conceito que sintetiza toda a obra no sentido em que todas as ações e acontecimentos giram à volta do amor e da relação entre Baltasar Mateus Sete-Sóis e Blimunda Sete-Luas. Estes completam-se e vivem uma relação sem descriminação e de mútua ajuda, onde um não tem mais relevância do que outro, sendo que todas as outras ações como a construção e o voo da passarola e a planificação e edificação do Convento de Mafra surgem “encaixadas” na narrativa da vida e da relação destas duas personagens.
    “Tu és Sete-Sóis porque vês às claras, tu serás Sete-Luas porque vês às escuras”, com esta passagem José Saramago consolida a relação entre as duas personagens principais que se irá intensificar e fortificar ao longo do romance e a partir do qual nascem todas as aliciantes histórias secundárias que, a par da ação principal, prendem o leitor à obra, garantindo a Saramago o Prémio Nobel da Literatura.

    Rita Perestrelo Lopes da Cunha 12ºJ nº16

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  24. Fiquei extremamente admirado após verificar que existe um inúmera quantidade de capas " Memorial do Convento", pois nunca me passou pela cabeça que pudessem existir tantas capas para um único livro. Depois de observar a existência da sua enorme diversidade, inclusive capas traduzidas para outros países, a minha decisão foi realmente difícil. No entanto, após uma breve reflexão, acabei por optar pela capa que, a meu ver, pode influenciar mais um leitor.
    A capa escolhida foi a primeira (Slide3), por ter características essenciais para chamar a atenção de qualquer pessoa, mesmo que tenha pouca curiosidade pela leitura. Esta capa é composta pelo título "Memorial do Convento", com um tamanho de letra grande para chamar a atenção do leitor e contém informação que pode suscitar a curiosidade e a atenção das pessoas, que é o facto de o livro ter ganho o prémio Nobel da Literatura em 1998. Esta informação é algo que pode cativar o leitor, uma vez que ganhar um prémio novel não é algo que se consiga facilmente. A capa contém ainda a imagem de um convento e o género do livro, "Romance". A simplicidade da capa possibilita que o leitor não se foque em algo concreto. mas dá-lhe a opção de imaginar varias historias como, por exemplo, um romance no convento, o que pode ser a ideia chave para chamar a atenção ao leitor.
    Posto isto, concluo então, que a primeira capa é possivelmente a mais apelativa para qualquer tipo de leitor.

    "Há esperanças que é loucura ter, pois eu digo-te que se não fossem essa eu já teria desistido da vida" José Saramago

    Vítor Brito 12ºC

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