quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Sugestão: 12 homens em fúria

“Este filme é um ‘Courtroom Drama’ simplesmente genial. É incrível como Sidney Lumet consegue de uma forma tão linear e sem grandes floreados falar de um assunto desta importância e criar um filme tão poderoso e memorável. A premissa do filme é: um crime foi cometido, um jovem suspeito de ter morto o pai à facada é julgado, uma decisão sobre o veredito tem que ser tomada pelos 12 jurados, com base no que assistiram no julgamento. Com esta premissa, Lumet realiza um filme espetacular que toca vários assuntos, tais como preconceito, racismo, dever cívico, responsabilidade e moral.
IN, Clássico do Cinema: Doze Homens em Fúria – 12 Angry Men

By bestcine on, julho 21, 2013

 

 
 Dois momentos de argumentação:
 “Acha mesmo que ele é inocente? Ouviu o que ele fez. O miúdo é um assassino perigoso. Apunhalou o próprio pai. Provaram-no de uma dúzia de maneiras diferentes no tribunal. Quer que lhe faça uma lista?”

 “Não.”

 “Então o que quer?”

 “Só quero falar. Não é fácil levantar a mão e mandar um miúdo para a morte, sem falar antes sobre isso. Trata-se da vida de alguém. Não podemos decidir em cinco minutos. Suponham que estamos enganados?”  (…)

 “Olhem para esta navalha. É muito pouco comum. Nunca vi nenhuma assim. Não nos está a pedir que aceitemos uma coincidência incrível?”

 “Só digo que uma coincidência é possível”, insiste ‘Davis’, espetando uma faca idêntica na mesa, ao lado da arma do crime.

 “Donde veio isso? É uma faca igual!”, retorquem os restantes jurados. “Onde a arranjou?”

 “Fui dar uma volta ontem à noite pelo bairro do rapaz”, explica ‘Davis’. “Comprei isto numa loja de penhores a dois quarteirões de casa dele. Custou seis dólares.”

 “É ilegal comprar ou vender navalhas de ponta e mola”, adverte um jurado.

 “É verdade. Infringi a lei”, responde ‘Davis’.

 (Do filme Doze homens em fúria)

Disponível na nossa biblioteca.




 

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