terça-feira, 30 de junho de 2020

Livros QR: As aventuras de Robinson Crusoé


Apreciação crítica produzida no âmbito do Projeto de Leitura - Português - 10º ano.

Decidi escolher esta obra uma vez que a sua sinopse me lembrou um filme que já tinha visto, intitulado “Náufrago” . Como gostei particularmente dessa longa-metragem, decidi dar uma oportunidade ao livro.

Esta obra foi escrita por Daniel Defoe e publicada originalmente em 1719, no Reino Unido. Trata-se de uma autobiografia ficcionada do personagem principal.

Daniel Defoe (1660-1731) é considerado por muitos o primeiro romancista de língua inglesa. Foi comerciante, economista, jornalista e espião, antes de escrever o seu primeiro romance, As Aventuras de Robinson Crusoé, aos sessenta anos.

Este livro relata-nos a vida de Robinson Crusoé, um jovem inglês de 20 anos com muita ânsia de aventura que, mesmo contra a vontade dos pais, embarca no seu sonho de cortar os mares desconhecidos.

Depois da sua primeira viagem e de diversas peripécias, Robinson sobrevive sozinho a um pavoroso naufrágio que o projeta para uma ilha deserta na qual terá de aprender a viver. Lentamente, adapta-se à solidão e a um quotidiano simples, com a ajuda das provisões que consegue retirar do navio naufragado. Só muitos anos mais tarde conhecerá o seu inseparável amigo, a quem dará o nome de Sexta-Feira...

Tudo muda quando alguns piratas acabam por desembarcar na ilha. Robinson consegue aprisioná-los e rouba-lhes o navio, conseguindo voltar à sua terra natal, Inglaterra, após vinte e sete difíceis anos.
Com o tempo, casou-se com Isabel e teve dois filhos.
Quando estes se tornaram adultos e a sua esposa faleceu, Crusoé aproveitou a viagem de um sobrinho para rever a Ilha do Desespero.
Durante o percurso, o navio foi cercado por indígenas que tentaram matar Robinson...

O livro apresenta uma história cativante e posso comprovar! Aconselho-vos a sua leitura, e se alguém realmente o ler, peço que partilhe a sua opinião comigo para eu perceber se realmente me escapou algum aspeto importante, uma ilha que não tenha sido explorada...

Mafalda Brandão – 10ºA


segunda-feira, 22 de junho de 2020

Livros QR: Contos fantásticos

Apreciação crítica produzida no âmbito do Projeto de Leitura - Português - 10º ano.

Quando vi a sua capa pela primeira vez chamou-me logo a atenção por causa das cores usadas: o preto que simboliza o terror e ainda é possível visualizar uma presumível arma de um crime, um machado. Além disso, temos as letras do apelido do autor em vermelho que sugerem sangue das vítimas. Na contracapa, é visível uma pequena nota do autor bem como um cipreste, árvore dos cemitérios. 

Edgar Allan Poe foi autor, poeta, editor e crítico literário norte-americano que viveu no século XIX. (...) Um título bem diferente da capa. Mas não podemos julgar um livro pela capa! Passamos para os contos. 

O primeiro é "O Gato Preto”. O narrador mostra-nos a história de um homem que gostava de animais e encontrou uma mulher que partilhava o mesmo gosto. Mas ele tornou-se violento com tudo e todos, exceto com Plutão, o seu animal favorito. Porém a sua violência escalou de tal forma que acabou por afetar o gato, já que o olhar deste enervava-o, por isso decidiu tirar-lhe um olho. Apesar deste terrível ato, não ficou satisfeito e por isso fez algo ainda pior 

O segundo conto é "O Coração Revelador". O narrador é um homem louco que afirma ter os sentidos “aguçados”. Ele não gostava de um senhor idoso que tinha um olho de abutre que o inquietava bastante, por isso decidiu observar o velho durante sete dias e sete noites em que se escondeu na casa do senhor. Todas as noites, ficava a olhar para o homem à espera da altura certa para cometer o assassinato. Na oitava noite, decidiu avançar com o seu plano. Pegou na cama e atirou-a contra o homem com um golpe fatal. Para esconder o corpo, fez algo muito macabro... 

Estes dois contos estão ligados, porque os dois têm elementos comuns, o papel da insanidade sobre as ações do homem, a inocência dos assassinados e os homicídios voluntários sem motivos ou razões que os justificassem. Em ambos, o som tem como função desmascarar um assassinato, a tentativa de defesa da sua própria sanidade também. É de ressalvar que os títulos dos contos têm uma outra simbologia. 

Honestamente, não estava à espera de gostar de ler estes contos, mas adorei-os. Gostei muito do facto de não serem previsíveis e de serem bastante intrigantes. Considero-me um novo fan da escrita de Poe. Aconselho a todos a lerem e desfrutarem deste fantástico livro. 

Tiago Pinto,  10ºI

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Livros QR: O Nome da Rosa

Apreciação crítica produzida no âmbito do Projeto de Leitura - Português - 10º ano.

O livro intitula-se “O nome da rosa” e foi escrito por Umberto Eco. Publicado pela primeira vez em 1980, trata-se de uma obra intemporal, considerada uma mais importantes de todos os tempos e escrita por um vulto da literatura italiana.
Apesar de todo o enredo ser ficcionado, a história tem por base acontecimentos reais que caracterizam a sociedade medieval do século XIV. Nesta época, o mundo assistia à supremacia da igreja católica que impunha as suas ideias e propósitos, à mercê da ignorância das populações e do temor a Deus. 
A ação desenrola-se no ano de 1327, em plena Idade Média. Este era um período de grande instabilidade religiosa no qual franciscanos e dominicanos se debatiam sobre assuntos como a pobreza da igreja. Os franciscanos apoiavam, à imagem de Jesus, uma igreja despojada de bens materiais, enquanto que os dominicanos reivindicavam o poder da igreja com a posse de bens físicos. A história passa-se num remoto mosteiro beneditino no norte da Itália onde iria ter lugar um importante encontro entre essas duas ordens religiosas em confronto. O mosteiro em causa era um verdadeiro símbolo de ostentação religiosa e possuía, para além de obras grandiosas e riquezas de valor incalculável, a maior biblioteca da Europa. Esta era constituída por uma vasta coleção de livros tanto cristãos como pagãos e por este motivo, apenas era acessível ao bibliotecário. Contudo, dias antes do encontro, estranhos eventos perturbam a calma deste lugar ameaçando a vida dos monges e o sucesso da reunião. 
Guilherme de Baskerville, um antigo inquisidor perspicaz e frade franciscano é designado para juntamente com o seu discípulo e narrador desta história Adso de Melk, descobrirem a causa de uma série de mortes que ocorrem neste local sagrado. 
Durante sete dias, Guilherme e Adso percorrem o caminho labiríntico e obscuro da busca pela verdade que os leva a descobrir não só o autor deste crime, mas todo um ambiente de conspirações e segredos que a abadia encerrava. Depois de examinar uma série de pistas, os dois religiosos chegam à conclusão que a resposta para estes crimes se encontra na misteriosa biblioteca do mosteiro, mais precisamente num livro proibido que estivera na posse de todas as vítimas. Mas agora, perguntam vocês, como pode a ocorrência destes trágicos eventos estar ligada a um simples livro? 
Do meu ponto de vista, este livro continua a ser atual e surpreendente, pois aborda aspetos do nosso dia-a-dia como a intolerância religiosa ou as discussões em torno dos dogmas da Igreja. Alguns temas como a mulher, a heresia ou mesmo o amor são descritos ao longo da história como profanos e repugnantes pelas personagens. 
Em suma, apesar do uso do pormenor tornar a leitura um pouco entediante, eu gostei deste romance pois combina uma série de acontecimentos históricos com um enredo policial de intriga. 

Patrícia Lopes, 10ºB nº 22