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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

BooktokMaior: identidade gráfica


Estamos a iniciar o nosso projeto de leitura BooktokMaior, com o apoio da Rede de Bibliotecas Escolares. Depois de formadas as equipas e de duas inspiradoras sessões de formação, os nossos booktokers já estão a produzir!!

Entretanto, apresentamos oficialmente o nosso logótipo, criado pela Ariana Silva, do 11° ano do Curso Profissional de Audiovisuais. Aqui está um resumo das ideias que estiveram na base da conceção deste logótipo:

“Coloquei a leitora no sofá porque considero a leitura um ato individual que requer um ambiente intimista e confortável. Porém, como pretendemos divulgar os livros que lemos e partilhar as nossas experiências de leitura através de meios audiovisuais e das redes sociais, decidi também incluir elementos tecnológicos. A leitora está a ler num e-reader, mas não deixa de ter ao seu lado livros em papel!” 

Ariana Silva, 11° L 



quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

Miúdos a Votos: cartazes promocionais

Vamos dar início à organização da campanha eleitoral?

1- Lê e segue rigorosamente as 6 DICAS apresentadas no guião abaixo e reune todos os elementos necessários: informação sobre o livro, texto, imagens... (O logótipo do projeto está disponibilizado no Teams.)

2- Depois de reunidos todos os elementos a incluir no cartaz, abre o Canva, escolhe um template de cartaz adequado e começa a criar.

3- No final, faz o download do teu cartaz em formato PNG e envia para o email biblioteca.maior@esmaior.pt





terça-feira, 27 de abril de 2021

Onde estava no 25 de abril?

 
Os alunos do K.Leio responderam mais uma vez ao desafio da professora Fátima Lopes no âmbito da disciplina de História. Desta vez, entrevistaram familiares, vizinhos e conhecidos sobre esse dia em que "emergimos da noite e do silêncio"*

Entrevistadora: Maria Pinto, 12ºF /nº17

Entrevistado: Rogério dos Santos Pinto, 65 anos

P: Onde estava no 25 de Abril ?

R: Em Lamego. A revolução de 25 de Abril foi executada na madrugada desse dia, o alarme foi dado pela rádio com acompanhamento da música de Zeca Afonso, o povo que vivia oprimido das suas liberdades saiu em massa à rua em manifestação pela liberdade. Eu, como aluno, quando cheguei à escola também para participar, saímos todos agrupados a manifestar em contentamento o fim da repressão e o início da liberdade. E perto da escola, havia um parque chamado “Parque Salazar” que, em conjunto fomos retirar as letras como maneira de manifestar o descontentamento com a ditadura fascista e ao mesmo tempo com medo, porque não sabíamos a evolução da revolução, pois as ruas começaram a ficar cheia de tropas armadas.

P: Tem conhecimento se houveram muitas mortes durante a revolução?

R: Passado pouco tempo, é que se teve conhecimento de que houve confronto entre o exército e a Guarda Nacional Republicana em Lisboa, no quartel do Carmo onde se tinha refugiado o então primeiro ministro Marcelo Caetano. Não houve muitas mortes porque foi designada a revolução dos cravos, podemos dizer que foi pacífica.

P: Tinha conhecimento que antes do 25 de Abril, havia oposição a Salazar?

R: Sim, mas na clandestinidade, porque quem fosse descoberto sofria represálias da PIDE e muitos foram presos. A repressão era tão grande, que não havia liberdade de expressão e de escrita.

P: Parece-lhe que o 25 de abril teve impacto no estrangeiro?

R: Sim, por esse facto Portugal hoje faz parte da União Europeia.

P: Já que havia tanta gente descontente e contra o regime, havia quem saísse do país?

R: Muitos portugueses fugiam do país clandestinamente, atravessando muitas das vezes as fronteiras a pé por montes e a nado em condições desumanas.

P: Considera que a revolução de abril trouxe a liberdade que desejaram?

R: Sim. No aspeto comunicativo, porque as pessoas podiam expressar-se livremente em comunicação uns com os outros, criticando muitas das vezes o que estava bem e o que estava mal sem medo de sofrer represálias, ao contrário do regime fascista não havendo censura na informação da população.

*Sophia de Mello Breyner Andresen, poema "Hoje é a madrugada que eu esperava"

quinta-feira, 11 de março de 2021

K.Leio: as mais importantes mulheres da nossa vida


Textos dos alunos do Clube K.Leio/12º F sobre mulheres de relevo nas suas próprias famílias. Um desafio da professora Fátima Lopes (disciplina de História).


Ela

De terras africanas veio,
Tendo nascido por último
Nunca viveu com receio,
Mas sempre com ânimo

Até que abril chegou
Juntamente com a tristeza
A sua terra abandonou
E lá não voltou, com certeza

Tornou-se uma mulher adulta
E para além disso, astuta
Foi então que o sonho surgiu
E mais tarde um filho emergiu

Tendo um filho e mais outras duas que vieram,
Os estudos não pôde seguir
Mas mais tarde, os trinta e oito chegaram
E a universidade decidiu invadir

Com três filhos e uma doença
Que depois se veio a descobrir
Ela completou a sua crença
De a universidade conseguir concluir

O mal queria tomar posse do seu corpo
Mas isso, Ela não iria permitir
Lutou contra tudo e contra o tempo
E no fim, voltou a sorrir

Três filhos, os estudos, uma vida
Após um ciclo de persistência
Foi o prémio da sua corrida
E o final da sua penitência


segunda-feira, 8 de março de 2021

K.Leio: as mais importantes mulheres da nossa vida


Iniciamos hoje a publicação dos textos dos alunos do Clube K.Leio/12º F sobre mulheres de relevo nas suas próprias famílias. Um desafio da professora Fátima Lopes (disciplina de História).

A resposta

Desde a mais tenra idade que sempre me perguntaram o que queria ser quando crescesse. Ouvia à minha volta palavras cheias de ambição, de desejo, talvez com uma pitada de curiosidade e sonho, e pensava arduamente no que responder, não para aparentar uma cultura que ainda não tinha, mas para seguir fielmente as palavras que proferisse. Queria ser verdadeira a mim mesma, fazer algo que me completasse e que me trouxesse a felicidade de que todos os contos de fadas falavam. O que é certo, de uma rapariga indecisa como eu, é que as minhas respostas mudavam inúmeras vezes, não só porque não tinha a maior das certezas, mas porque sabia que seria algo que teria de fazer pela maior parte da minha vida. A escolha tinha de ser acertada, tinha de ser perfeita. As minhas respostas passaram, então, pelas mais diversas áreas: bailarina, atriz, historiadora, tradutora, violetista, cientista forense. A cada duas semanas surgia uma profissão nova, um novo rumo para a minha vida.

Apesar de todas as minhas flutuações, o maior apoio que poderia ter recebido foi o da minha mãe. Nunca me impôs um único sonho que fosse seu, ao invés sonhava que os meus se tornassem realidade. Afirmou com o maior dos orgulhos que assistiria a todos os filmes que fizesse, todos os concertos que desse, que aplaudiria as minhas conquistas e todos os meus feitos, fossem eles um solo num concerto em Viena ou a descoberta de um novo túmulo egípcio, numa escavação de renome. A minha mãe sonhava com o meu sucesso, com a minha felicidade. Mal ela sabia que a maior felicidade que eu poderia ter, era vê-la sorrir verdadeiramente todos os dias, sem medos, sem preocupações.

Aquando o divórcio dos meus pais, ficou sozinha com uma filha pequenina para criar, uma casa para sustentar e um trabalho para manter. Todos os dias via o esforço que fazia, o quanto se cansava e as dores que suportava. Mas nunca deixou que o mundo a derrubasse, e lutava sempre por dias melhores, como uma verdadeira supermulher. “Meu amor, eu aguento tudo porque quero que vivas os teus sonhos, quero que chegues longe e que vivas tudo o que eu não pude viver”. Ao longo dos anos, as suas palavras ecoavam em mim, davam-me um rumo e ajudavam-se nas minhas decisões. A minha mãe sacrificou sempre tudo por mim, mesmo quando não o tinha.

Desde o dia em que nasci, foi o meu porto de abrigo. Secou todas as minhas lágrimas, sarou todas as minhas feridas e amou todos os meus defeitos, como só uma boa mãe sabe fazer. Os abraços que me dá são o único sítio onde me sinto segura, onde o mundo aparenta ser esse que a todas as crianças pequeninas se descreve. Ganha cor, forma e alegria. Ganha sentido. E tudo porque o amor que me dá é incondicional, tal como o que sinto por ela. Só por ela conseguiria abdicar dos meus sonhos, da minha vida, enfrentar todos os meus medos. Nunca ninguém chegará ao patamar da minha mãe, porque mais do que um exemplo, mais do que uma certeza, mais do que uma dádiva, ela é o meu maior tesouro, a maior bênção que me poderia ter sido dada.

Dia 8 de março, dia da Mulher, finalmente posso dizer que me torno numa, ao celebrar o meu 18º aniversário. Ao fim de todos estes anos, sei finalmente com todas as certezas aquilo que responderia à pergunta que tantas vezes me fizeram. “O que queres ser quando cresceres”? Quero ser como a minha mãe. Quero ser uma mulher forte, destemida, lutadora e verdadeira, como ela sempre me mostrou, como sempre foi e sempre será. Quero ser um exemplo para os meus filhos, tal como ela foi para mim. Quero dar-lhe toda a felicidade que me deu, que me fez sentir e que nunca deixou que se extinguisse em mim.

Mãe, és a minha maior alegria, o meu propósito, o meu caminho. Sei que, graças a ti, todos os meus sonhos se vão realizar, que o que eu mais desejo vai mesmo acontecer. Que eu vou conseguir mudar o teu mundo. Vou dar-lhe cor, forma e alegria. Sentido. E disso, eu nunca irei desistir, tal como tu nunca desististe de mim. Estaremos juntas até ao fim, mesmo que isso implique remarmos contra a maré. Abandonar-te seria abandonar-me. Como poderia eu viver inteiramente sem a minha mais preciosa metade?

Obrigada. Eu amo-te. Para sempre.




quinta-feira, 9 de julho de 2020

Livros QR: Parábola do cágado vellho

Apreciação crítica produzida no âmbito do Projeto de Leitura - Português - 10º ano.


       Parábola do Cágado Velho é um livro da autoria de Pepetela. Nasceu em Benguela, Angola, em 1941. Licenciou-se em Sociologia em Argel, durante a época em que esteve exilado. Foi guerrilheiro pelo MPLA. Foi político e governante. É, desde 1984, professor na Universidade Agostinho Neto, em Luanda, e tem sido dirigente de associações culturais. Ganhou o Prémio Camões em 1997.
       A ação da história passa-se em Angola. Ulume (o homem) vive na aldeia com a sua primeira mulher – Muari – e os filhos de ambos – Luzulo, o mais velho, e Kanda. Apegado às tradições e aos costumes da sua raça, Ulume acredita que um cágado velho que habita as proximidades da sua aldeia possui uma sabedoria mágica. Assim, tem por hábito observar o animal quando este caminha em direção ao riacho para beber água. Nessas ocasiões, Ulume faz perguntas ao cágado na esperança de que aquele ser experiente e sábio lhe responda. Homem simples, Ulume não entende a guerra que assola o país. Tudo o que Ulume sabe é que a guerra se divide entre “os nossos” e “os inimigos”, embora ele não saiba muito bem quem é quem.

       Apesar de a aldeia ser muito, muito pobre, os soldados aparecem para pedir comida. Com o avançar do conflito, os pedidos transformam-se em imposições e a aldeia começa a ser roubada, os habitantes mortos e as mulheres raptadas...A velha amizade entre irmãos transforma-se em ódio.
       Mas surge o amor. Ulume apaixona-se por uma jovem de outra aldeia, Munazaki. Ulume respeita Muari e não a quer magoar. Só que algo acontece na aldeia...
       Guerras, inimizades, tradições...Tudo será uma prova de que os tempos estão a mudar e que é possível perdoar e viver sem preconceitos. Sem saber o que fazer, Ulume volta-se para o velho cágado. Ao passar para ir beber água, o animal acena-lhe com a cabeça três vezes. Ulume entende isso como uma confirmação para o perdão, um sinal de mudança, um brilho de esperança. Quem sabe?

Lara Silva, 10º
 

Livros QR: D. Quixote de la Mancha

Apreciação crítica produzida no âmbito do Projeto de Leitura - Português - 10º ano.

Este livro foi escrito por Miguel de Cervantes, autor espanhol nasceu em 1547. Publicou este livro em 1605.

Tudo começa num pequeno lugar da Mancha, em Espanha. Vivia lá um fidalgo de nome Quijado ou Quijano. Tinha cerca de 50 anos e vivia com a sua empregada e a sua sobrinha. Era um homem muito magro e sonhador. Ele passava dia após dia, noite e após noite, a ler livros sobre cavalaria e, de tanto ler, começou a ficar louco... Na sua nova vida, seria um cavaleiro, tendo como inspiração as páginas que lera, vivendo uma autêntica fantasia.

Decidiu partir para uma nova aventura com o seu cavalo de nome Rocinante, numa manhã de Julho. Viajou ensonado e esfomeado. Depois de seguir viagem, foi encontrado, no chão, pois tinha levado tareia de um grupo de mercadores, por um lavrador da sua terra que o levou para casa. A família estava preocupadíssima porque ele estava desaparecido há cerca de seis dias.

Durante a recuperação, quis voltar para mais uma aventura, mas desta vez muito mais preparado e com a companhia do seu vizinho, Sancho Pança que fora com o seu burro. Sancho aceitou esta viagem porque pensou que poderia ser recompensado financeiramente com o que o nosso cavaleiro poderia vir a enfrentar.

O protagonista, ao longo desta viagem, irá interpretar situações completamente diferentes. Viu moinhos num campo e, na sua cabeça, associou-os a uns gigantes. Com a tentativa de os derrubar, foi pelos ares.

Como se entendia nos livros que lia, todos os cavaleiros tinham uma dama, alguém que os motivava de forma mais emocional. Por isso, lembrou-se da lavradora Aldonça Lourenço, por quem ele estivera apaixonado e deu lhe outro nome, Dulcineia del Toboso. Então, esta tornou-se numa grande paixoneta, que a própria desconhecia.

Eu escolhi este livro porque já conhecia a sua história e sempre ouvi este nome durante a minha infância. Adoro a forma como este livro está escrito, o passado ligado ao presente e a loucura associada ao cómico do protagonista!

Mariana Borlido – 10ºA


sexta-feira, 3 de julho de 2020

aLer+: Livros QR

Devido às condições excecionais em que decorreu o 3º período, não nos foi possível colocar os códigos QR nas contracapas dos livros da biblioteca. Mas os nossos alunos não deixaram de ler e refletir sobre o que leram. Estamos a publicar uma seleção das apreciações críticas produzidas no âmbito do Projeto de Leitura, disciplina de Português, 10º ano. E nas nossas redes sociais, essas apreciações encontram-se sob a forma de dasafio - DESCODIFICAS ESTE LIVRO? 

Procura em:



terça-feira, 30 de junho de 2020

Livros QR: As aventuras de Robinson Crusoé


Apreciação crítica produzida no âmbito do Projeto de Leitura - Português - 10º ano.

Decidi escolher esta obra uma vez que a sua sinopse me lembrou um filme que já tinha visto, intitulado “Náufrago” . Como gostei particularmente dessa longa-metragem, decidi dar uma oportunidade ao livro.

Esta obra foi escrita por Daniel Defoe e publicada originalmente em 1719, no Reino Unido. Trata-se de uma autobiografia ficcionada do personagem principal.

Daniel Defoe (1660-1731) é considerado por muitos o primeiro romancista de língua inglesa. Foi comerciante, economista, jornalista e espião, antes de escrever o seu primeiro romance, As Aventuras de Robinson Crusoé, aos sessenta anos.

Este livro relata-nos a vida de Robinson Crusoé, um jovem inglês de 20 anos com muita ânsia de aventura que, mesmo contra a vontade dos pais, embarca no seu sonho de cortar os mares desconhecidos.

Depois da sua primeira viagem e de diversas peripécias, Robinson sobrevive sozinho a um pavoroso naufrágio que o projeta para uma ilha deserta na qual terá de aprender a viver. Lentamente, adapta-se à solidão e a um quotidiano simples, com a ajuda das provisões que consegue retirar do navio naufragado. Só muitos anos mais tarde conhecerá o seu inseparável amigo, a quem dará o nome de Sexta-Feira...

Tudo muda quando alguns piratas acabam por desembarcar na ilha. Robinson consegue aprisioná-los e rouba-lhes o navio, conseguindo voltar à sua terra natal, Inglaterra, após vinte e sete difíceis anos.
Com o tempo, casou-se com Isabel e teve dois filhos.
Quando estes se tornaram adultos e a sua esposa faleceu, Crusoé aproveitou a viagem de um sobrinho para rever a Ilha do Desespero.
Durante o percurso, o navio foi cercado por indígenas que tentaram matar Robinson...

O livro apresenta uma história cativante e posso comprovar! Aconselho-vos a sua leitura, e se alguém realmente o ler, peço que partilhe a sua opinião comigo para eu perceber se realmente me escapou algum aspeto importante, uma ilha que não tenha sido explorada...

Mafalda Brandão – 10ºA


segunda-feira, 22 de junho de 2020

Livros QR: Contos fantásticos

Apreciação crítica produzida no âmbito do Projeto de Leitura - Português - 10º ano.

Quando vi a sua capa pela primeira vez chamou-me logo a atenção por causa das cores usadas: o preto que simboliza o terror e ainda é possível visualizar uma presumível arma de um crime, um machado. Além disso, temos as letras do apelido do autor em vermelho que sugerem sangue das vítimas. Na contracapa, é visível uma pequena nota do autor bem como um cipreste, árvore dos cemitérios. 

Edgar Allan Poe foi autor, poeta, editor e crítico literário norte-americano que viveu no século XIX. (...) Um título bem diferente da capa. Mas não podemos julgar um livro pela capa! Passamos para os contos. 

O primeiro é "O Gato Preto”. O narrador mostra-nos a história de um homem que gostava de animais e encontrou uma mulher que partilhava o mesmo gosto. Mas ele tornou-se violento com tudo e todos, exceto com Plutão, o seu animal favorito. Porém a sua violência escalou de tal forma que acabou por afetar o gato, já que o olhar deste enervava-o, por isso decidiu tirar-lhe um olho. Apesar deste terrível ato, não ficou satisfeito e por isso fez algo ainda pior 

O segundo conto é "O Coração Revelador". O narrador é um homem louco que afirma ter os sentidos “aguçados”. Ele não gostava de um senhor idoso que tinha um olho de abutre que o inquietava bastante, por isso decidiu observar o velho durante sete dias e sete noites em que se escondeu na casa do senhor. Todas as noites, ficava a olhar para o homem à espera da altura certa para cometer o assassinato. Na oitava noite, decidiu avançar com o seu plano. Pegou na cama e atirou-a contra o homem com um golpe fatal. Para esconder o corpo, fez algo muito macabro... 

Estes dois contos estão ligados, porque os dois têm elementos comuns, o papel da insanidade sobre as ações do homem, a inocência dos assassinados e os homicídios voluntários sem motivos ou razões que os justificassem. Em ambos, o som tem como função desmascarar um assassinato, a tentativa de defesa da sua própria sanidade também. É de ressalvar que os títulos dos contos têm uma outra simbologia. 

Honestamente, não estava à espera de gostar de ler estes contos, mas adorei-os. Gostei muito do facto de não serem previsíveis e de serem bastante intrigantes. Considero-me um novo fan da escrita de Poe. Aconselho a todos a lerem e desfrutarem deste fantástico livro. 

Tiago Pinto,  10ºI

segunda-feira, 27 de maio de 2019

Capitães da areia, uma viagem pela realidade

Apreciação crítica produzida no âmbito do projeto aLer+ - Ler para Ser Maior
Livros QR


A obra “Capitães da Areia” de Jorge Amado, um escritor brasileiro reconhecido em todo o mundo, decorre na década de 1930, na cidade de Salvador da Bahia.
O romance baseia-se num grupo de crianças abandonadas – a maioria órfãs – que são conhecidas como “Capitães da Areia” e cujo líder é Pedro Bala. Os miúdos Vivem escondidos num local chamado de “Trapiche” e poucos são os que sabem da sua existência. Para sobreviverem, dedicam-se à prática de furtos muito bem planeados, graças à excelente equipa composta por várias personagens que vamos conhecendo ao longo da obra: o Professor, um menino sábio que sabe ler e tem bastante jeito para o desenho; o Pirulito, que deposita toda a sua a fé na obra de Deus; o Boa Vida, com queda para a música; o João Grande, o protetor do grupo; o Sem Pernas, o mais amargurado do grupo que, sendo cocho, desencanta piedade nas pessoas para, depois, com a ajuda do grupo, as poder roubar; e o Gato, o mulherengo que, mesmo levando vida de pobre, se veste como um rico.
Todas estas crianças e os seus companheiros do Trapiche partilham a mesma liberdade, mas também a pobreza em que vivem e um ódio para com o mundo, devido à falta de afeto e de justiça.
O leitor, ao longo da obra, vai ficando sensibilizado acabando por lhes dar razão, perdoando as atitudes das crianças, pois embora o que elas fazem não seja correto e até ilegal, a necessidade de justiça e o desejo de os ajudar sobrepõem-se a tudo. Da mesma forma, consciencializamo-nos de que isto não é fictício, mas sim pura realidade – tanto as duras condições de vida destas crianças da rua como dos reformatórios e orfanatos – o que nos faz refletir sobre as diferenças de classes que acabam por ser ignoradas por uma sociedade que vai perdendo, aos poucos, a força de mudar algo que não controla. Contudo, estes meninos não desistem e lutam pelo que merecem, alimentando, assim, cada vez mais, o afeto que temos por eles.
Recomendo vivamente a leitura desta obra, não só pela forma ternurenta e marcante com que o escritor nos descreve cada momento, levando-nos ao encontro das suas personagens, mas também porque é importante sabermos que existem situações e inúmeras histórias como estas em todo o mundo.
“Companheiros, vamos pra luta!…”

Joana de Castro Pereira Bezerra, 10ºG

Contos do efémero


Apreciação crítica produzida no âmbito do projeto aLer+ - Ler para Ser Maior
Livros QR

O livro da biblioteca que escolhi chama-se “Contos do Efémero” e foi escrito por Rui Sousa Basto. Esta obra está repleta de curtos mas intrigantes contos, dos quais selecionei dois para falar.
“Por Causa Dele” e “Um Casamento Feliz” são dois contos que parecem completar-se e esse foi o motivo da minha escolha. Ambos narram histórias que parecem estar separadas pelo tempo, como se uma fosse o passado e outra o futuro. Tanto um como outro parecem retratar a realidade, de forma muito satírica e repletos de ironia – isso foi o que me atraiu.
No entanto, embora estes dois contos tenham sido, para mim, mais chamativos, os restantes também são bastante agradáveis e cativantes.

João Bruno, 10º G

terça-feira, 7 de maio de 2019

Quando as girafas baixam o pescoço

Ilustrações produzidas no âmbito do Projeto aLer+: Ler para Ser Maior

A partir da obra Quando as girafas baixam o pescoço de Sandro William Junqueira
Turma 10º G - Artes Visuais










Quando as girafas baixam o pescoço

Apreciações críticas produzidas no âmbito do Projeto aLer+: Ler para Ser Maior

Este livro é uma bela crítica à sociedade rural em que muitos vivem. Retrata diversas vidas de pessoas que habitam todas no mesmo lote, no entanto, passa-lhes tudo ao lado, ou seja, acabam por estar tão perto, mas tão distantes ao mesmo tempo.
Diria que Sandro Junqueira abordou um tema real, explicitando tudo, fazendo-nos perceber a sociedade em que vivemos e a realidade.

Sinceramente, não esperava gostar tanto do livro, mas acabei por me ligar a ele e confesso que adorei todas as metáforas e frases tão interessantes, frases tão fortes e duras que, por vezes, até fazem o leitor pensar realmente na sua própria vida.

Ana Rita Silva Parente, nº1, 10ºA
               
               
Num só adjetivo, descrevo este livro como real. Há muito livros que falam sobre reinos longínquos e de fantasia, ou de amores proibidos, mas este livro de Sandro Junqueira conta-nos a história de vida de um grupo de pessoas que, apesar de viverem no mesmo prédio, quase não se relacionam. Acho a abordagem deste tema pelo escritor de uma forma tão simples e minimalista que nos leva a associar muitas das pessoas que conhecemos no dia a dia às personagens deste romance. No início, o escritor começa por nos apresentar um grupo de personagens, revelando algumas interações ou conflitos interessantes entre elas.
Além disto tudo, o escritor tem uma escrita que faz com que o seu trabalho seja de simples leitura e agradável ao leitor. Aconselho vivamente todas as pessoas a lerem esta obra.

David Moreira Freiria, nº3, 10ºB

               
O livro Quando as Girafas Baixam o Pescoço fala da vida de vários habitantes de um bairro, bem como dos seus sentimentos e passado.
Na minha opinião, esta obra tem uma escrita fascinante e facilmente capta a atenção do leitor – linguagem simples e comum, frases curtas e pequenos capítulos.
É, sem dúvida, o romance ideal para todos os que procuram uma leitura leve e inovadora, mas que simultaneamente chama o nosso pensamento a decifrar duplos significados e interpretar histórias passadas, com a maior das satisfações.
Beatriz Rodrigues Simões, nº6, 10ºH


O livro Quando as Girafas Baixam o Pescoço representa extremamente bem os vários tipos de pessoas da sociedade de hoje em dia.
Em capítulos curtos que, por vezes, parecem pequenos contos, esta obra mostra os problemas e a rotina de várias pessoas do nosso mundo, remetendo para uma introspeção pessoal de cada um de nós e das vidas que nos rodeiam.
Este é um livro que, apesar de ser de leitura rápida e leve, não deixa de se tornar uma obra excecional que deixa a sua marca na memória de todos que o leem.
António Gomes da Costa, nº4, 11ºD


Quando as Girafas Baixam o Pescoço é, acima de tudo, um retrato da sociedade. Sem tabus nem autocensura, Sandro William Junqueira retrata temas dos quais poucas vezes se fala tão abertamente: distúrbios alimentares, violência doméstica, prostituição, entre outros.
Assim, considero que esta obra nos deixa com uma visão do mundo diferente, apesar das paredes finas do lote 19, nunca se sabe tudo o que se passa dentro de cada “caixinha” que o constitui, a cada página, há uma nova surpresa.
 Margarida Bonito da Cunha, nº17, 12ºD


sexta-feira, 9 de março de 2018

Semana da Leitura 2018

Foi assim a nossa Semana da Leitura...


Encontro com Ana Margarida de Carvalho




O Público em Cena, por Krisálida


O Sonho Futurista de Almada Negreiros, por João Vilas



A Química do Amor, por Filipe Monteiro

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Concurso Os Melhores Leitores

Na passada quinta-feira os alunos participantes no Concurso Os Melhores Leitores viram o seu trabalho reconhecido numa breve cerimónia de entrega de certificados e de prémios na biblioteca da escola secundária . Este concurso foi uma iniciativa da biblioteca escolar e dos docentes de Português do 10º ano com o objetivo de promover o gosto pela leitura e pela escrita. Os alunos participaram com textos de apreciação crítica de livros sugeridos nas metas curriculares de Português no âmbito do Projeto de Leitura. As alunas premiadas foram a Ana Cristina Afonso, do 10º A, a Inês Morais, do 10º G, e a Inês Margarida Araújo, do 10º D.

Parabéns!
Boas férias e boas leituras!

Em breve publicaremos os trabalhos premiados.