Dia da Mulher
Diz-se por aí que a
Mulher é a obra prima da criação, enquanto filha de uma grande Mulher assino
por baixo.
Há quinhentos e quatro
meses atrás, nasce aquela que viria a ser o meu grande modelo guia neste mundo
de “Ser Mulher”. A ela, que já passou por vários episódios menos bons, desejo
que saiba, assim como todas as mulheres que não precisa de textos de
“enaltecimento” para ter noção do poder que tem em si mesma. Contudo, nada
melhor do que fazer esse mesmo texto de “enaltecimento” à mulher mais
persistente que alguma vez tive o prazer de conhecer.
A minha Mãe, aquela que
consegue ler o meu silêncio e adivinhar o que sinto; aquela que teve uma
infância atribulada entre hospitais, escola e trabalho.
Desde pequena que oiço
a minha mãe a falar de têxteis, uma palavra esquisita e difícil na altura,
achava eu. Com o passar dos anos entendi o conceito da palavra. Entendi que era
o grande amor da vida dela. Ouvir a minha mãe a contar todo o processo de fazer
uma simples camisola e ver o brilho no olhar dela era simplesmente incrível.
Aos 16 anos, a minha mãe teve o poder de descobrir o que queria fazer para
sempre.
Atualmente trabalha
noutro ramo, mas é incrível como nunca esqueceu o seu primeiro amor, tão
incrível que quase tem um ateliê em casa.
Com o passar dos anos
foram aparecendo outros primeiros amores, como ela me diz “Tantos primeiros
amores que resultaram no nosso núcleo”.
Aquele abril que
aconteceu na vida da minha mãe, aconteceu só em setembro na minha, por escolha
dela. Foi naquele momento que tive o prazer de compreender o quão persistente a
minha mãe conseguia ser, foi ali que senti o quão forte é preciso ser para
chegar ao patamar de “Mulher”.
Daquele mesmo abril até
aos dias de hoje que a minha mãe refere que tem uma missão. Missão esta que
será concretizada se “Confiarmos no tempo da vida”.
Esta frase, “Confiar no
tempo da vida” lembro-me dela desde sempre e associo constantemente à Mulher
que é a minha mãe. Toda a vida da minha mãe se resume agora àquela pequena
frase e eu, não poderia ter mais orgulho dentro de mim enquanto filha.
Para finalizar, acho
que nunca me senti tão nervosa a redigir um texto, talvez porque nunca refleti
o suficiente em todos os feitos que a minha mãe atingiu.
A ti mãe, quero que
saibas que toda a tua existência é, por si só um enorme ato de amor e por isso
serei eternamente grata.
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