terça-feira, 30 de março de 2021

K.Leio: as mais importantes mulheres da nossa vida

 


Textos dos alunos do Clube K.Leio/12º F sobre mulheres de relevo nas suas próprias famílias. Um desafio da professora Fátima Lopes (disciplina de História).

O dia da mulher é uma celebração de todas as mulheres, estejam elas connosco hoje ou não. Embora nunca tenha conhecido a minha avó materna, Custódia, posso afirmar com toda a certeza que ela é e sempre será umas das minhas maiores inspirações.

Mesmo nunca a tendo conhecido, sinto-me como se tivesse. Todas as histórias que ouço acerca da vida fazem com que eu sinta que ela está comigo todos os dias. Isso é algo que me motiva a dar o melhor de mim, para que eu possa ser alguém que traria orgulho à minha avó.

Uma das razões pela qual a minha avó é uma das minhas maiores inspirações, tanto como pessoa como mulher, é o quão ambiciosa e destemida ela era. Quando era ainda jovem, com cerca de vinte anos, a minha avó saiu de casa e mudou-se para Lisboa, em busca de algo para além da vida simples em Areosa. Parece-me a mim que nem ela sabia bem o que procurava, mas não viu isso como um obstáculo e sim como um dos muitos desafios que enfrentou ao longo da sua vida. Se eu estivesse no lugar da minha avó, não teria tido coragem de encarar a incerteza do mundo tão despreocupadamente e provavelmente não teria deixado a segurança de um local que já conhecia para explorar o desconhecido. A minha avó sempre foi alguém que vivia no presente, não pensando muito além do momento em que vivia e não se focando nos arrependimentos do passado e isso é algo que admiro muito.

Lisboa acabou por não ser o local certo para a minha avó, por isso ela voltou para Areosa. Creio que se ela não tal tivesse feito, não estaria cá eu hoje para contar a história dela.

Todos os dias tento ser tão ousada, alegre e confiante como foi a minha avó, para conseguir controlar a minha vida em vez de deixar que a vida me controle a mim.

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