terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde

Uma viagem no tempo é o que nos proporciona a obra cuja leitura recomendamos. “Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde”, de Mário de Carvalho, é um romance histórico muito envolvente, apesar do que diz o autor, “este livro não é um romance histórico. Tarcisis […] nunca existiu.”
Pois, não terá existido Tarcisis. Lúcio Valério e Iunia Cantaber, talvez sejam apenas personagens da ficção criada por Mário de Carvalho. Mas Cómodo e Marco Aurélio foram mesmo imperadores romanos. A seita que adoptou o peixe como símbolo, que adorava um deus que percorre o jardim pela brisa da tarde, que rejeitava aspectos essenciais da cultura romana e, também por isso, era, de início, encarada com desconfiança e, mais tarde, violentamente perseguida, existiu, até deixar de ser uma seita. E os espaços, as roupas, as regras, os hábitos, os dilemas que pontuam a história de Lúcio e de Iunia são os da civilização romana já num período de crise, de ameaça de desagregação.
Esta viagem no tempo leva-nos à Lusitânia do século III d. C. dando-nos a conhecer uma “verdadeira” cidade romana, a viver uma época difícil, e os seus habitantes, magistrados e aristocratas, escravos e pessoas comuns, gente que anunciava uma nova era e gente que resistia ao fim de uma civilização, gente que perseguiu e gente que foi perseguida, gente com dúvidas e gente com certezas…

Ler um excerto (clicar com o botão direito do rato) >>


Teresa Soares
Projecto K.LEIO

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DESAFIO

Quem era a congregação do peixe? Porquê um peixe?
Responde nos comentários.
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