quinta-feira, 13 de junho de 2019

Livros QR: Retalhos da vida de um médico

Apreciação crítica produzida no âmbito do projeto aLer+ - Ler para Ser Maior
Livros QR


“Um autor exemplo da fusão, sempre almejada, da literatura e da vida.”.
Fernando Namora retrata numa realidade de eufemismos a vida de um médico. Contratempos, histórias de vida e avarezas são as três características desta vida apaixonada (medicina) que o autor toca.
Narrativas como “A voz do sangue” e “O homem que queria morrer”, são dois dos retalhos com mais impacto nesta obra. A primeira reflete a realidade de uma noite vermelha, naquela que aparentava ser uma noite muito tranquila na vida de um médico, que é chamado para fazer o que mais ninguém consegue fazer. A segunda conta a história de um homem depressivo, que estava gravemente doente e queria desesperadamente acabar com a vida.
Dois contos de grande emoção e ânsia que fazem não querer parar de ler e mudar o nosso ponto de vista sobre a vida de um médico, fazendo perceber que ser médico não é a capacidade de entrar na faculdade e ser moldado - um médico é aquele que depois de levar com esse molde se consegue desenformar, corrigindo-o e entregar-se de corpo e alma a esta missão de curar e salvar pessoas.

Catarina Teixeira, 10º C


segunda-feira, 3 de junho de 2019

O rapaz do pijama às riscas

Apreciação crítica produzida no âmbito do projeto aLer+ - Ler para Ser Maior
Livros QR


Li recentemente um livro de John Boyne, “O Rapaz Do Pijama Às Riscas”, que me marcou intensamente.
A tipologia desta obra é um Romance Jovem. Consiste numa ficção histórica que decorreu em plena Segunda Guerra Mundial. Os protagonistas são Bruno, filho de um comandante nazi, e Shmuel, um menino judeu que fora preso num campo de concentração. Ao longo da leitura, compreendemos que eles são completamente puros, relatando assim um conto de inocência num mundo de ignorância e egoísmo.
Admirei incondicionalmente a empatia e a ingenuidade que prevaleceu neles, mesmo encontrando-se num tempo desastroso de guerras e preconceitos. “(…) a vedação não está ali para nos impedir de passar para aquele lado. É para os impedir a eles de passarem para este. Bruno pôs-se a pensar naquilo, mas continuava a não perceber.” Para além disso, apesar de terem estatutos sociais diferentes, partilharam a mesma amizade. Emocionei-me, profundamente, devido a este livro me lembrar alguns dos acontecimentos terríveis que ocorreram naquele período histórico. Sobretudo, a forma como os judeus foram tratados e que visava o seu extermínio.
Sempre gostei das obras literárias com este tipo de conteúdo, porém esta foi a que mais me sensibilizou e comoveu.
Inês Cássia Amorim, 10ºG


domingo, 2 de junho de 2019

A garra do macaco

Apreciação crítica produzida no âmbito do projeto aLer+ - Ler para Ser Maior
Livros QR


“A garra do macaco”, escrito por Willian Wymark Jacobs em 1902, é um conto fantástico que li num pequeno livro, junto com mais dois outros contos.
Esta história apresenta-nos uma garra de macaco capaz de concretizar três desejos a quem a possuir, mas com consequências duras e desagradáveis. Uma família recebe o amuleto, não muito convencida de que a fantasia vá funcionar e, embora alertados de que os desejos poderiam ter consequências péssimas, decidem arriscar e pedir duas mil libras para pagar a casa. No dia seguinte, o desejo concretiza-se, mas a consequência acaba por lhes provocar um impacto maior do que pensavam.
 Apreciei bastante a leitura rápida e cativante deste conto que recomendo a qualquer pessoa que preze histórias fantásticas.

Sihan Vitorino,10º G

Filhos brilhantes, alunos fascinantes

Apreciação crítica produzida no âmbito do projeto aLer+ - Ler para Ser Maior
Livros QR

Li recentemente um livro de Augusto Cury que me marcou profundamente.
“Filhos brilhantes, alunos fascinantes não são aqueles que são sempre bem comportados, que não falham, que nunca choram ou tropeçam. Mas sim aqueles que aprendem a desenvolver consciência crítica, a decidir o caminho que devem percorrer, a trabalhar os seus erros, a construir a tolerância, a reconhecer os seus conflitos”.
Augusto Cury fala de um professor chamado Romanov, franzino, 1,55m de altura, que é contratado pela “escola dos pesadelos” para tentar mudar a estrutura daquela escola. Romanov tivera uma vida muito difícil e tinha visto a morte de perto. Passou então a fazer da sala de aula um campo de batalhas, no qual os alunos aprendiam a lutar pelos seus direitos.
Através da arte da pergunta e da música, Romanov começou a abrir a mente dos alunos. Tinha como objetivo estimular a sua inteligência e raciocínio através de conversas, histórias reais, às vezes até as dos próprios alunos… E, assim, os alunos começaram a entender que a vida é um livro, mas que pouco ensina a quem não sabe ler.
Além dos alunos, ele também conseguiu influenciar os outros professores e, lentamente, a “escola dos pesadelos” foi transformada na escola dos sonhos.
Este livro ensina muito sobre a vida, por isso aconselho a sua leitura a todos, pois como diz o autor: “Eu escrevi o livro para jovens dos nove aos noventa anos”.

Mariana Baganha

Fronteiras perdidas: contos para viajar

Apreciação crítica produzida no âmbito do projeto aLer+ - Ler para Ser Maior
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Na obra “Fronteiras Perdidas”, de José Eduardo Agualusa, encontramos pequenos episódios, escritos numa linguagem cuidada, sempre com uma presença da terra africana na sua escrita.
O livro está organizado em dois conjuntos: o primeiro, “Fronteiras perdidas”, onde um homem, que faz as suas viagens por vários países e continentes, vive acontecimentos e relata-os. O segundo conjunto, “Outras fronteiras”, já são episódios diferentes, escritos com maior recurso à imaginação e não segundo o conceito de um sítio real e ideal. O que une estas dezasseis narrativas, talvez seja a procura constante de um lugar para viajar ou talvez morar, em que as noções de fronteira vão além do reconhecível.
A escrita de Agualusa, como já afirmei em cima, tem uma linguagem simples mas cuidada. Na minha opinião consegue ser profundamente poética e por vezes triste, mas ao mesmo tempo de uma profunda beleza e perfeição.
Estes episódios transmitem cenários africanos, com bastante encanto.
Para finalizar, aconselho a ler este livro de José Eduardo Agualusa, pois tem uma escrita fantástica.

Inês Fernandes, 10ºG 



Capitães da Areia

Apreciação crítica produzida no âmbito do projeto aLer+ - Ler para Ser Maior
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A obra “Capitães da Areia”, de Jorge Amado, decorre na década de 1930, na cidade de Salvador na Bahia, no Brasil. Lá, um grupo de crianças dedica-se ao roubo e vive escondido. À medida que a história se desenvolve, vamos conhecendo alguns dos membros mais relevantes do grupo, desde o seu corajoso líder, Pedro Bala, passando pelo artista e leitor, Professor, pelo crente, Pirulito, e pelo amargurado Sem-Pernas. Todos estão unidos pela comum carência de afeto e desejo de pertença.

Mesmo estando conscientes de que os atos praticados pelo grupo não são corretos, é inevitável a nossa compreensão devido à situação de extrema pobreza em que estas crianças vivem. O roubo acaba por ser uma necessidade e também uma forma de revolta perante a vida a que foram sujeitos.

O livro aborda temas sérios de uma forma tocante e por vezes, sensível sendo por isso que excedeu as minhas expectativas e me deixou com uma mensagem bem gravada na memória. Por esta mesma razão aconselho a leitura desta obra.

David Silva, 10º G

O remorso de Baltazar Serapião

Apreciação crítica produzida no âmbito do projeto aLer+ - Ler para Ser Maior
Livros QR


“O remorso de Baltazar Serapião”, do autor de renome Valter Hugo Mãe, é uma obra literária de escrita inovadora e com um estilo satírico inconfundível.
Este escritor cria uma história que gira em torno da mulher e do seu estatuto social na Idade Média. Embora aborde a violência doméstica e a exploração da mulher enquanto objeto de prazer em tempos remotos, a verdade é que, ainda hoje, esses problemas existem, o que os torna intemporais. Esta é a aventura de um homem (Baltazar) que, casando com a moça mais bonita da terra, se deixa levar pelo preconceito e pela “tradição”. Apesar de ele nos dizer que a ama e que a quer para sempre, Baltazar tem atitudes que consideramos puníveis, para com a sua amada, o que nos suscita sérias dúvidas quanto ao seu amor por ela.
Valter Hugo Mãe criou uma linguagem luxuriante e criativa que tornou este livro num poço de emoções. Ao longo da narrativa, as atitudes da personagem principal vão desencadeando várias reações no leitor, o que torna a história muito mais viciante e curiosa. Além disso, é bastante interessante a maneira como escreve, apenas com pontos finais e vírgulas.
Para concluir, apelo vivamente a que todos leiam este romance, pois é uma perspetiva interessante de ver o amor.

Inês Cerqueira, 10º G