Textos dos alunos do Clube K.Leio/12º F sobre mulheres de relevo nas suas próprias famílias. Um desafio da professora Fátima Lopes (disciplina de História).
Há cerca de um ano percebi realmente o quão dura pode ser a vida, e a minha sem a minha mãe, definitivamente não seria exceção.
No início desta pandemia, a minha mãe foi das primeiras a contrair a doença, o que resultou em ter ficado cerca de dois meses isolada. Na altura estávamos todos em casa, mas nunca imaginei que me ia sentir tão distante e sentir tanta falta do carinho e amor a que me acostumei. Durante esses dois meses tivemos de lidar com a perda do meu avô, que passou o seu último mês fechado num quarto de hospital. Não foi fácil para nenhum de nós, como é óbvio, mas não sou capaz de imaginar a dor que é estar isolada da família e ter de lidar com a morte do seu pai longe de todos os que ama.
A mim doeu-me olhar para a minha mãe, percebendo que era uma fase tão difícil para ela, mas mesmo assim ser capaz de pôr um sorriso na sua cara e confortar-nos, espalhando a sua positividade para todos e dizendo que dali a nada já estava curada e podíamos estar todos juntos outra vez, e assim foi.
Não imagino a minha vida sem a minha heroína por perto, mas sei bem que não é eterna.
Desde então que aprendi a valorizar cada momento que tenho, não só com a mulher mais poderosa que conheço, mas com todas as pessoas às quais pretendo eternizar, pois são as memórias e os momentos vividos que me farão relembrar para sempre o que a minha mãe é e fez por mim, pois esses sim, são eternos.
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