terça-feira, 12 de julho de 2022

Concurso "Isto também é comigo"

Imagem RBE e Jornal Público
https://www.rbe.mec.pt/np4/PnE-itec.html



A Biblioteca Escolar publica aqui alguns exemplos de trabalhos enviados a concurso no âmbito do seu plano de atividades dedicado à literacia da leitura e dos media.


Pela liberdade de expressão, escrevo!

Benedita Maciel, 10º E

Considerei muito relevante a notícia “Mais um site independente de notícias fecha portas em Hong Kong”, publicada em 2 de janeiro de 2022, pois todos os países que fazem parte do regime chinês sofrem, cada vez mais, de uma maior supressão da liberdade de expressão.

Como se sabe, desde 1997 Hong Kong passou para a governação chinesa. Antes disso, quando Hong Kong era uma colónia britânica sempre teve uma imprensa livre, uma economia de mercado forte e competitiva numa sociedade democrática. A partir do momento que passou para o regime chinês, tudo isto mudou. Todas as opiniões que não estejam de acordo com o regime são completamente censuradas, mostrando esta notícia exatamente isso, pois o site CitizenNews “ foi acusado de “enganar” os seus leitores, tendo de fechar portas. Isto tudo piorou desde a revolução estudantil de 2014, onde milhares de estudantes se revoltaram porque não queriam ser dominados pelo regime totalitário chinês, tendo polícia detido a maior parte dos manifestantes.

Ao longo dos anos, esta situação tem vindo a piorar, havendo despedimentos coletivos de profissionais, quer de jornais, quer de outros meios de comunicação social, mas principalmente, na última década, todos os meios relacionados com a imprensa digital (sites, blogues e podcasts).

Com isto concluo que, infelizmente, uma vez mais, caiu um meio de comunicação que existia desde os tempos de Hong Kong, colónia britânica de imprensa livre. Caiu, porque é desígnio do regime chinês destruir todos aqueles que expressem opiniões imparciais. Hong Kong é também vítima dessa perseguição, uma região administrativa da grande China em que não há liberdade de imprensa, de escolha, de voto e de expressão livre dos pensamentos e opiniões das pessoas.

Congratulo-me por viver num país onde posso expressar o que penso, até comentar publicamente o que leio na imprensa! 


A pandemia não acabou...

Luís Costa, 10ºE

A notícia do Público “Pandemia criou mais 32 milhões de novos pobres na América Latina”, de 4 de janeiro de 2022, levou-me a refletir acerca do impacto secundário da pandemia Covid-19. Para além do número crescente de mortes por coronavírus e da intensificação das medidas de segurança, houve ainda um aumento acentuado dos níveis de pobreza, principalmente na América Latina, tendo sido atingidos novos valores máximos de desemprego, desde o início do milénio.

Segundo a notícia, mais de 32 milhões latino-americanos juntaram-se ao ascendente número de pessoas que vivem com rendimentos considerados baixos, sendo que, 12 milhões delas caíram da classe-média para níveis mais baixos de rendimento. O impacto económico é indissociável da pandemia, pois grande parte dos trabalhadores latino-americanos obtêm rendimentos informalmente, sendo que, durante a pandemia, muitos perderam os seus trabalhos, devido à paralisação das atividades económicas. Na minha opinião, isto prova a fragilidade deste setor na América Latina, realçando a falta de ajuda dos governos às populações vulneráveis, independentemente da situação pandémica.

Apesar de terem sido tomadas algumas medidas, durante a pandemia, para estas famílias, é necessário que os governos não permitam este tipo de situações, sendo necessário “garantir a cobertura universal” da população. É de aconselhar, como também sugere esta notícia, que os governos aprovem programas de proteção social para as populações que não estão abrangidas pelos programas sociais pré-existentes. É também importante que os governos tentem aumentar o número de empregos, para assim reduzir o número de famílias sustentadas por rendimentos informais.

É, por isto tudo, mais do que nunca, importante que os governos ajudem todas estas famílias de classe mais desfavorecida, porque todos são igualmente importantes, independentemente do seu estatuto social ou do seu rendimento, cabendo não só ao governo, mas a toda a população, procurar ajudar estas comunidades que se encontram abaixo do limiar da pobreza.


Comentário sobre o artigo do Público chamado “Escolas reabrem sem confinamento de turmas” (quinta-feira, 6 de Janeiro de 2022)

Alice Miranda Vitorino, 10ºE

Esta pequena notícia intitulada “Escolas reabrem sem confinamento de turmas”, de 6 de janeiro de 2022, é sobre a reabertura das escolas, o confinamento de turmas, a testagem de pessoal docente e não docente e a vacinação.

O Conselho de Ministros decidiu a reabertura das escolas no dia 10 de Dezembro, o que, na minha opinião, é uma ótima ideia, porque nós só queremos levar a nossa vida o mais normal possível. Todos os anos, na transição do primeiro para o segundo período, costuma haver duas semanas de férias. Apesar de nós, alunos, adorarmos férias, o facto de elas se prolongarem é só mais um indício de que as coisas estão a piorar e não estão a normalizar. Por estas razões, eu acho que o governo deve abrir as escolas o quanto antes.

No que diz respeito ao confinamento, eu concordo que não afete a turma toda, apenas as pessoas que coabitam com o aluno que testou positivo, pois estas são as pessoas que diariamente estão em contacto com este. Mas eu também considero que as pessoas mais próximas desse aluno, como amigos muito chegados e namorados, talvez também devessem ficar em casa.

Sobre a testagem nas escolas que o Governo pretende impor, no meu ponto de vista, esta deveria ser feita antes da iniciação do segundo período escolar, para que todos os alunos, professores e funcionários das escolas se sintam um pouco mais salvaguardados.

Por último, estou de acordo com a questão da campanha de vacinação de pessoal docente e não docente, em regime de casa aberta, pois já foi provado que a vacinação é a melhor maneira de prevenir a doença grave.

 

 Energia nuclear é fonte de desentendimento entre França e Alemanha

Lara Carvalho, 10ºE

As alterações climáticas são um tema da atualidade com o qual somos confrontados diariamente. Por isso, interessou-me particularmente o artigo "Alemanha e França em rota de colisão na UE por causa da energia nuclear", publicado no jornal Público de 2 de janeiro de 2022. Um dos passos para reduzir as consequências que as alterações climáticas já causaram, ou podem vir a causar, é a adoção de energias renováveis, pois, tal como o próprio nome indica, estas renovam-se, sendo recursos que promovem um desenvolvimento sustentável.

A proposta da Comissão Europeia para definir as normas de apoio ao financiamento de energias sustentáveis na UE sugere um sistema que pretende classificar o que é uma energia sustentável, sendo que, em determinadas circunstâncias, a energia nuclear e o gás podem fazer parte dos planos de investimento. No entanto, a Alemanha mostra-se contra esta proposta e o ministro alemão, Robert Habeck, afirma que “a proposta da Comissão Europeia dilui o bom rótulo de sustentabilidade”. Por outro lado, a França fez questão que o recurso à energia nuclear estivesse presente na proposta da Comissão Europeia, pois, sem este tipo de energia, não conseguirá alcançar os objetivos de transição energética.

A energia nuclear não é um tipo de energia sustentável, pois os seus resíduos têm um grande impacto no meio ambiente e a manutenção das centrais nucleares é bastante dispendiosa. Contudo, acho possível arranjar um meio-termo, de modo a tornar possível para a França a transição energética, tal como para os outros países que assumiram a mesma posição. Por isso, considero que este tipo de energia poderá ser tomado como opção, mas apenas com condições bem definidas. Nesta jornada de um desenvolvimento sustentável, é necessário um trabalho de equipa entre os diversos membros da União Europeia, de modo a que possam encontrar uma solução passível de concretização.

 

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