A minha mãe é sem dúvida a melhor do mundo e quando se
separou do meu pai deu-me a maior prova de amor que alguém pode dar. Nasci no
seio de uma junção de famílias de tal maneira espetacular que me custa até
trazê-las para as palavras.
Desde sempre a minha mãe foi o pilar e quando era criança não
a largava para nada, fazíamos tudo juntos; levava-me à escola, à catequese,
íamos ao parque brincar aos domingos, passávamos a manhã de sábado na cama a
ver televisão. Mas tudo isso teve um fim quando com oito anos os meus pais se
separaram, depois de oito anos de casamento tudo caiu, como se de uma demolição
se tratasse. Numa noite a minha mãe foi-se embora com tudo dentro do carro e
deixou-me com o meu pai e tudo isso para eu puder ficar em Lanhelas na terra
onde nasci e fui criado e não ter de me mudar para um contexto completamente
diferente. A minha mãe viveu infeliz e com culpa, mas tudo para eu puder ser
feliz, no sítio onde fui, sou e sempre o serei. Por isso sei e digo que a minha
mãe é a melhor do mundo, pode ser só do meu mundo, mas é a melhor. É nestes
momentos que podemos ver o quanto as mães amam os seus filhos ao ponto de
estarem mal com elas mesmas para nós filhos termos uma vida alegre e feliz, são
capazes de ao atravessar um rio cheio de correntes variadas e perigosas
colocarem às costas o seu mundo para não nos afogarmos.
O Dia da Mulher não é só dia 8 de março, o Dia da Mulher é
todos os dias, pois elas com força extrema, e por vezes redobrada, ultrapassam
dificuldades que para nós homens são impensáveis, mas as mulheres fazem-no e
sempre com um sorriso estampado.
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